A União dos Sindicatos de Castelo Branco, em comunicado, diz que “é uma vergonha” o novo impasse criado pela Câmara Municipal da Covilhã que dificulta a transferência do Tribunal do Trabalho para a Casa dos Magistrados.
Depois de Vítor Pereira ter explicado na Assembleia Municipal que o Ministério da Justiça quer todo o edifício (Casa dos Magistrados) e a autarquia terá cedido uma parte à delegação da Covilhã da Ordem dos Advogados, a USCB questiona o processo, afirmando que há “sempre uma entorse a criar problemas à transferência do Tribunal”, recordando que “primeiro foi a telenovela entre a Câmara e a Rude, que levou a um acordo financeiro muito mal explicado” e “agora temos mais uma telenovela sobre a área a transferir para o ministério da Justiça”.
No comunicado a USCB deixa claro que nada tem contra a Ordem, dos Advogados ter “instalações condignas” mas questiona o facto de “ficar exatamente no edifício onde vai ficar o Tribunal de Trabalho”, perguntando se “não haverá outros edifícios, igualmente dignos, que a Câmara possa disponibilizar?”.
Para os sindicalistas estes “são falsos problemas e subterfúgios” e pedem a transferência imediata do Tribunal do Trabalho.
Recordar que na reunião da Assembleia Municipal da Covilhã, e a responder a uma questão colocado por Vítor Reis Silva (CDU), Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, explicou que “o Ministério da Justiça, há poucos dias, requereu todo o edifício quando dizia há 3 anos que apenas uma fração era suficiente”.
O autarca vincou mesmo que “há 3 anos que existe um projeto do Ministério da justiça para aquela fração”. Ressalvou ainda que a Delegação da Covilhã da Ordem dos Advogados tem direito a uma sede condigna e “salvaguardando” um espaço para esse efeito, “todo o resto do edifício pode ser aproveitado para o Ministério da Justiça”, mostrando-se disponível para “colaborar e cooperar” nesta matéria.
Foto: Arquivo