A empresa têxtil, Paulo de Oliveira, após um investimento de mais de 3 milhões de euros em painéis solares, afirma que passados 3 anos continua com a obrigatoriedade de os desligar nas férias e fins de semana e, nas redes sociais, questiona o que fez o governo durante este período para não dar autorização de ligação na rede.
Segundo o seu testemunho, não se compreende a demora no licenciamento dos mais de 10 000 painéis solares da empresa, quando Portugal importa energia a “preços estratosféricos “e os painéis de muitas empresas “são desligados, porque não se licenciam as unidades de autoconsumo”, descreve.
A empresa Paulo de Oliveira explica que o investimento foi “discutido com o governo em 2016” e o projeto submetido em 2018 e está ainda a “aguardar licenciamento”.
A empresa covilhanense avança que durante as férias e o fim de semana, os painéis são desligados, porque “não dão autorização de ligação na rede”, ou seja, a energia excedente não pode ser injetada na rede elétrica de serviço público.
A Paulo de Oliveira sustenta que a sua fatura energética no mês passado “subiu 40 000€”, mais que “duplicou face a julho de 2020”, para destacar que a “energia representa 15 a 20% dos custos de produção na indústria têxtil”, salientando que “deveria ser prioridade do governo criar condições para que as empresas sejam competitivas e para que os portugueses tenham energia barata”.