O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na sua visita à Covilhã disse, em declarações á Rádio Clube da Covilhã, que “não existe previsão de continuação” do IC6 até à Covilhã, ficando, para já, assegurado o troço Tábua – Nó da Folhadosa e a sua continuação terá lugar “à primeira oportunidade”.
Refere que tal se deve ao facto de a continuação ter “um custo elevado”. “Nós temos uma restrição orçamental muito apertada e, portanto, temos de fazer as coisas com peso e medida para não nos acontecer o que aconteceu no passado, em que quiseram fazer tudo de uma vez e acabaram por não fazer nada”, explica o ministro.
Assim, garante que agora irá avançar o troço até ao Nó da Folhadosa e, assim que possível, será concluído até à Covilhã visto que há “um investimento muito grande em matéria de acessibilidades que é preciso fazer na região da Serra da Estrela que, pela morfologia do terreno, torna caro o investimento, mas que não deixa de ser necessário”.
Pedro Nuno Santos falava à RCC no âmbito de uma arruada do Partido Socialista, na Covilhã, onde referiu que as ações de campanha nesta região estão a correr “muito bem, com grande animação, entusiasmo”.
“Acho que temos excelentes candidatos e isso vê-se na forma como as pessoas nos recebem. Há sítios onde temos trabalho comprovado, como é o caso da Covilhã, mas mesmo nos sítios onde estive na Guarda é de um grande entusiasmo sobre o trabalho que estamos a fazer, não só a nível nacional como local e regional. Temos aqui uma linha de comboio que esteve fechada 10 anos e nós reabrimos”, sublinha.
Pedro Nuno Santos destacou, ainda, que “o país tem uma grande dívida com o interior”, devido a “um erro” cometido durante décadas que “está a custar caro”.
Refere-se a “um país que não aproveitou todo o seu território e investiu numa faixa litoral muito estreita e isso tem consequências e tem feito muitas famílias e jovens a sair das terras que amam para poder trabalhar”.
Para contrariar esta tendência, o ministro esclarece que o Governo está a investir ao nível da habitação, atração de emprego e da nova era digital, sendo um objetivo “cobrir o território todo de fibra ótica para que o interior possa aproveitar estas autoestradas digitais, trazendo para aqui pessoas que podem trabalhar à distância e beneficiar da qualidade de vida do interior”.