Café Literário: Jornada de promoção do livro e da leitura já é presencial na Covilhã

O “Café Literário”, tertúlia literária organizada pela Câmara Municipal da Covilhã, retomou o formato presencial com a edição desta terça-feira. O encontro entre a escritora Manuela Ribeiro e os seus leitores, teve lugar no “Paço100 Pressa” e aconteceu também em várias escolas do concelho no âmbito do encontro “Trocado para Miúdos”. Duas iniciativas muito elogiadas pela autora.

“É essencial este encontro”, disse à nossa reportagem Manuela Ribeiro, quando questionada sobre a importância da visita presencial às escolas. “Já não é tão novidade como era quando eu era criança, porque já há muitos escritores que vão às escolas, mas como conto sempre muitas histórias e peripécias, eles acabam por se interessar por ler determinado livro” vinca a autora, frisando que “as histórias que contamos aguçam a curiosidade”.


A autora defende ainda que os miúdos, depois destas conversas, passam a “associar uma cara à escritora e muitas vezes à narradora das histórias que leem”, o que é mais um estímulo para a leitura.

Já sobre o “Café Literário”, mais direcionado aos adultos, considera que é “outra linguagem” em conta suas histórias “ditas” infantis, embora ache que esse conceito não existe, “há somente histórias que cada um entende de forma diferente”, esclarece, para explicar que os seus livros abordam temas “sérios que são encarados, tratados e conversados de uma forma totalmente diferente”, pelos diferentes públicos

Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na autarquia, vinca que também neste caso “é fundamental” retomar alguma normalidade. Defende que a Covilhã soube “adaptar-se aos tempos em que a presença era um risco”, mas considera que “é essencial o retomar destas ações mais diretas e presenciais”, vincando que “a interação interpessoal com um escritor não se consegue da mesma forma se for online”.

A autarca considera também que a iniciativa “socioeducativa” de levar escritores às escolas, “é uma verdadeira jornada de promoção da leitura e do livro junto dos mais pequenos, que são que mais necessita desse trabalho”, sendo também “motivo de festa” para os miúdos, para além de um “verdadeiro trabalho de motivação, sensibilização e despertar para a leitura”, concluiu Regina Gouveia.