CMC reduz horário de esplanada no Jardim Público para evitar ruído

A Câmara Municipal da Covilhã aprovou, por unanimidade, reduzir o horário de funcionamento da esplanada “Equilíbrio”, no Jardim Público, por forma a reduzir o ruído naquele espaço. O tema constava da ordem de trabalhos da reunião pública de sexta-feira, mas acabou por ser discutido durante o período de intervenção do público, uma vez que tanto o proprietário do espaço, como um dos queixosos estiveram na reunião.

O proprietário da esplanada começou por esclarecer que nesta matéria queria “ser parte da solução e não do problema”, relembrando que quando ficou com espaço, em 2016, “investiu cerca de 40 mil euros” e conseguiu “devolver o Jardim Público aos covilhanenses”. Um espaço que até então era frequentado “pelo mundo da droga e alcoólicos”, o que agora já não se verifica, sustentou.


Questionou ainda “de quem era a queixa e qual o seu teor”, o que levou Vítor Pereira, presidente da Câmara, a esclarecer que “há muitas queixas nesse sentido” utilizando mesmo o termo “paletes”, não só de ruído mas “outras também de outras questões relacionadas com o funcionamento tardio do estabelecimento”, que levou a PSP a ter uma “reação muito intensa” que “recomenda à CMC a restrição de horário”, vincou.

Algumas das queixas do barulho no Jardim Público foram feitas na própria reunião pelo proprietário do hotel “Covilhã Jardim”, que afirmou estar a “perder clientes” e “pontos” nas classificações dos sites da especialidade, pela “falta de descanso que o ruído noturno provoca”.

Explica que os jovens antes e depois da ida à discoteca, terminam a noite e começam a manhã na referida esplanada com todo o barulho que isso acarreta.

Frisou ainda que há 24 anos que comprou o espaço, na altura ninguém se aproximava do Jardim e agora já há, de novo, quem tenha medo, disse.

A proposta das autoridades ia no sentido de o encerramento passar das 08:00 para as 02:00. A autarquia propôs “uma solução de equilíbrio”, que fixou o horário até às 04:00, por um período de 5 meses, findo o qual a situação será “reavaliada”. Uma decisão que deve ser encarada como “experimental” e se não resultar levará a uma redução para as 02:00, avisou Vítor Pereira.