O contrato de concessão para a exploração de lítio e de outros minerais na Serra da Argemela, foi assinado dia 28 de outubro com a PANNN – Consultores de Geociências, e já está publicado na página oficial da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Segundo avança a Agência Lusa, a DGEG esclareceu por escrito que a empresa “só poderá iniciar a exploração após a obtenção de uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável ou favorável condicionada, em conformidade com o Plano de Lavra e o Estudo de Impacte Ambiental aprovados, nos termos da lei e do contrato”.
O Grupo pela Preservação da Serra da Argemela (GPSA), na sua página já reagiu à contratualização. Afirmando que “com a publicação do “Decreto-lei mineiro” (Decreto-Lei nº 30/2021, de 7 de maio) todo o trabalho de contestação desenvolvido pelas populações residentes e GPSA, no sentido de preservar a Argemela, foi posto em causa”.
Para o grupo com “chumbo” do Orçamento do Estado no passado dia 27, ficaram reunidas as condições para que, quem sempre desrespeitou as populações residentes e sempre entendeu que não existe qualquer problema em que estas populações sejam sacrificadas para garantir um (enganador) bem-estar dos habitantes das cidades, avançasse e o resultado aqui está: a exploração mineira na Argemela é para os nossos governantes mais importante que a saúde, a vida e o património das pessoas que ali vivem”
O Grupo ainda assim promete “continuar a lutar em nome de todos, mesmo que com recurso aos tribunais”.
Recordar que o processo para a concessão mineira de uma exploração na Serra da Argemela foi iniciado em 2011, sendo que, no início de 2017, foi publicado o pedido de atribuição de concessão por parte da empresa PANN – Consultores de Geociências Lda., tendo sido renovado em 2020.
O pedido visa a exploração e depósito de lítio e de outros minerais, numa área 403,7 hectares, bastante próxima das freguesias, situação que tem sido fortemente contestada pela população e pelo Grupo pela Preservação da Serra da Argemela (GPSA), bem como pelas autarquias do Fundão e Covilhã e por diferentes partidos políticos.