O Gabinete Municipal de Proteção Civil da Covilhã, desde o início do ano, já destruiu 43 ninhos de vespa asiática no concelho, e desde 2019 esse número sobe para 173.
Os dados, publicados na página oficial da proteção civil da Covilhã, mostram que em 2019 foram destruídos 67 ninhos, em 2020, 63 e até outubro de 2021 foram destruídos 43.
Na UF Covilhã e Canhoso, 31, Paul e Tortosendo, com 24 cada, são aquelas em que mais ninhos foram detetados, enquanto Ferro e Peraboa são as únicas freguesias do concelho que, desde 2019, não tiveram qualquer ninho detetado.
UF Casegas e Ourondo com 12, Cortes do Meio, UF Peso e Vales do Rio e UF Teixoso e Sarzedo 9, Boidobra e UF Barco e Coutada 8, UF Cantar Galo e Vila do Carvalho e Unhais da Serra 7, UF Vale Formoso e Aldeia de Souto 6, Erada 5, Dominguizo, Orjais, S. Jorge da Beira e Sobral S. Miguel 3 e Aldeia S. Francisco de Assis e Verdelhos com 1 ninho destruído, completam a lista de freguesias do concelho onde a vespa foi detetada.
Segundo o relatório da Proteção Civil Municipal por norma, em Portugal, os ninhos encontram-se 73% em árvores acima dos 10m de altura; 10% em edifícios e 3% em sebes, “indo ao encontro da realidade do Município da Covilhã”, refere o documento, avançando que se “tem assistido a uma nova dinâmica da Vespa Velutina na formação dos seus ninhos”.
“Atualmente, este invasor sente-se cada vez mais confortável com a construção humana, e faz a sua empreitada de vespeiros em varandas, postes de eletricidade, contadores, armazéns, casas devolutas, arbustos rasteiros, em raízes de árvores mortas e em destroços orgânicos deixados no chão das zonas rurais”, alerta o relatório.
O relatório frisa também que, pelo facto de as freguesias onde existe maior número de extermínio também serem as que “são mais populosas” pode concluir-se, “por hipótese, que nas freguesias com menos habitantes pode não existir uma identificação tão ativa dos ninhos” por parte dos munícipes.
Referir que a destruição dos Ninhos da Vespa Velutina tem como objetivo limitar os efeitos de predação de abelhas, insetos polinizadores e na biodiversidade; Quebrar o ciclo reprodutivo, impedindo a criação de novas vespas fundadoras que, sobrevivendo, potencialmente criariam novos ninhos no ano seguinte e diminuir os riscos para a segurança das pessoas e seus bens.