TMC: Vítor Pereira não vê motivos para rever regulamento de utilização e apela ao diálogo

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, garante que não está em cima da mesa rever, para já, o regulamento de utilização do Teatro Municipal da Covilhã.

A declaração surge depois das recentes críticas à utilização do espaço, e esteve em discussão na reunião privada do executivo.


O autarca, em declarações aos jornalistas, frisa que o regulamento de utilização “está em vigor à relativamente pouco tempo” e não “vê razões”, para, “no imediato”, rever o documento. Ainda assim, sustenta que “se com o decurso do tempo, constatar que este é insuficiente para dar resposta às pretensões, razoáveis, equilibradas e justas das associações, haverá razões para o ajustar a uma realidade mais concreta”, disse.

Recordar que recentemente o presidente da Banda da Covilhã afirmou que utilizar o espaço uma vez ao ano era “manifestamente pouco” e também os responsáveis pelo Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, Teatr’UBI e ASTA, referiram que não obtiveram resposta ao pedido de utilização do espaço.

Questionado sobre estas situações Vítor Pereira não quis particularizar. Explicou que cada espetáculo que ali se apresenta necessita de pelo menos 3 dias de ocupação do Teatro, frisando que há uma programação “constante e regular” e não se pode fazer “coincidir os pedidos das associações com espetáculos que já estão contratados”, concluindo que “esta não é uma operação fácil”.

Sustenta que “todos estão ansiosos para ali apresentar espetáculos”, e recorda que o espaço tem “salas polivalentes” onde as associações também podem apresentar os seus projetos.

“É compatível ter programação no Teatro Municipal e as pretensões das associações locais”, mas “é preciso conversar com o programador e com a vereadora da cultura para acertar datas. “Estas coisas têm de ser conversadas”, conclui o autarca.

Já sobre a acusação de falta de resposta a um email a solicitar o Teatro para ali realizar o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, Vítor Pereira afirma que “não corresponde à verdade”. Explica que Regina Gouveia, Vereadora da Cultura, conversou pessoalmente com os responsáveis. “Lamento profundamente” estas declarações. “Nem tenho palavras para repudiar”, disse o autarca, concluindo que “não corresponde à verdade”.

Os vereadores da oposição frisam que as queixas tornadas públicas pela comunicação social “confirmam a sua posição” de que o “regulamento do TMC não vai ao encontro do que os agentes culturais locais esperam e pretendem”, criticando o facto de estes não terem sido ouvidos na sua elaboração, concluindo que “este regulamento deve ser revisto para que o teatro esteja mais ao serviço das entidades locais”.

Os eleitos da coligação “Juntos Fazemos Melhor” entendem que se “deve aproveitar o Conselho Municipal da Cultura”, agora criado, para “ouvir os agentes culturais e rever o regulamento”.