Covilhã: Barulho no Jardim Público volta à reunião de Câmara

As queixas de barulho durante a noite no Jardim Público da Covilhã são já uma situação recorrente nas reuniões públicas da Câmara Municipal da Covilhã e esta sexta-feira, Miguel Almeida, que possui uma unidade hoteleira paredes meias com o jardim, voltou a intervir durante o período reservado ao público.

O empresário sustenta que é durante o verão que esta situação mais prejudica o seu negócio, especificando que “a falta de sossego e paz tem como razão principal os horários atribuídos pela Câmara Municipal ao estabelecimento “Equilíbrio””.


Vinca que “há duas situações, sendo uma delas de saúde pública e outra de prejuízo incalculável do seu estabelecimento”, devido “a um horário injustificável” do esplanada, perguntando “onde estão os planos de ruído e quem oferece um horário de 24 horas a um estabelecimento que funciona como esplanada e tem colunas de som ao ar livre entre dois hotéis numa zona residencial?”.

Na reunião o empresário alerta também para a realização da iniciativa “Até os Santos Dançam” que decorre “ao longo de 5 fins-de-semana nos quais é impossível alugar quartos devido ao barulho e ruído” que existe, disse.

Neste caso sugere que em vez de 5 fins-de-semana se diminua, por exemplo, para dois.

Recordar que sobre esta matéria a autarquia aprovou, em novembro, a redução do horário de funcionamento da esplanada, com o encerramento a passar das 6 para as 4 da manhã, por um período experimental de 6 meses.

Esta sexta-feira o presidente da Câmara, Vítor Pereira, voltou a dizer que se está perante uma “situação delicada”, vincando que “se comprimirmos muito um horário matamos esse estabelecimento, se alargamos prejudicamos o outro”, destacou. Recorda também que se está ainda durante o período experimental de redução de horário, numa situação que está a ser estudada.

Vítor Pereira questiona “se mesmo reduzindo mais o horário não irá permanecer o foco de ruído e perturbação”. “Não é só uma questão de horário mas de civismo e respeito pelos outros por parte de quem frequenta aquele espaço e o jardim público”, disse.

Sobre a iniciativa “até os Santos dançam” o autarca refere que “esta é uma tradição muito arreigada na Covilhã, mas ainda assim está a estudar-se a redução de horário da iniciativa”.