Maternidade do CHUCB: PSD fala em “fantasma do fecho”. “Demasiado dramático”, responde Vítor Pereira

A situação do bloco de partos do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira “é preocupante” e traz de volta o “fantasma do encerramento”, disse Vanda Ferreira (PSD) na última Assembleia Municipal da Covilhã.

Sustentando que “as maternidades da Beira Interior estão na mira dos sucessivos governos”, por não cumprirem as recomendações da Organização Mundial de Saúde de 1500 partos ano, Vanda Ferreira afirma que “o fantasma do fecho da maternidade apoderou-se novamente de todos nós, 16 anos depois, quando somos confrontados com a notícia de que o bloco de partos da Covilhã, esteve encerrado e vai continuar encerrado durante o fim-de-semana, por falta de médicos”, disse.


A eleita do PSD frisa que “os constrangimentos que o Conselho de Administração do CHUCB reconhece e que promete resolver com toda a brevidade, poderiam ter acontecido em qualquer serviço, pelos mais variados motivos, nunca na maternidade. Um dos serviços, se não o único, que está na mira”.

Para Vanda Ferreira esta situação é “dar o ouro ao bandido” e relembrar a velha questão do encerramento.

Também Adolfo Mesquita Nunes (CDS) abordou esta questão afirmando que “é evidente que não está tudo bem no CHUCB e há dificuldades”, sustentando que as responsabilidades até “podem ser difusas”, afirma que com toda a certeza “quem tem competências para resolver é o Governo” e por isso questionou o que “pode a Assembleia Municipal fazer, em conjunto com o presidente da Câmara”, colocando no ar a hipótese de “ir a Lisboa, para evitar o que está a acontecer”.

Um discurso que Vítor Pereira, presidente da Câmara considerou “demasiado dramático”.

“Todos quantos falaram na saúde dramatizaram muito o assunto, colocando o assento tónico num espeto em que todos deveríamos ser mais cautelosos”, defendendo que o assunto deve “ser tratado noutras sedes com mais discrição”.

Afirma-se também preocupado com a situação da saúde no interior, nomeadamente, com a falta de profissionais qualificados, frisando que “a melhor forma” de fazer face à questão “é exercer magistratura de influência”, para que “o Governo dê melhores condições para convencer estes profissionais a virem para este território”, disse.