O equilíbrio de contas referente ao Parkurbis e à ICOVI foi um dos pontos votado na última reunião privada da Câmara Municipal da Covilhã e mereceu críticas da oposição.
No conjunto das duas empresas existe um resultado negativo de 300 mil euros que, para o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, “são fácil e compreensivelmente explicáveis”, afirmou em declarações aos jornalistas, no final da reunião privada de sexta-feira.
Segundo explica, no que diz respeito ao Parkurbis este “regista um recorde de empresas a incubar. Temos um projeto de maior importância que envolve a UBI, a AlticeLabs e está em curso. A dívida tem de se pagar” referiu, “não esquecendo que o Parkurbis tem uma dívida pesadíssima todos os anos”.
Por outro lado, frisa que “os parques de ciência e tecnologia não visam a obtenção de lucro, visam o apoio à criação e desenvolvimento de empresas”.
Acerca da ICOVI, o autarca destaca 2 questões essenciais. Em primeiro lugar, vinca que o principal negócio da ICOVI é vender água e no período de pandemia, o consumo não aumentou, logo também não aumentou a venda. Além disso, “há o método de equivalência patrimonial porque a ICOVI é acionista na ADC e assim sendo parte deste número tem a ver com isso. A ADC, contrariamente ao que é costume só teve cerca de 80 mil euros de lucro”, destacou.
Pedro Farromba, da coligação “Juntos, fazemos melhor” garante que “o Parkurbis enquanto Centro de Ciência e Tecnologia morreu”. “Não promove o empreendedorismo, não gera nem participa em projetos europeus, não promove as empresas instaladas, não trabalha em cooperação com a universidade, não tem nenhuma ligação a fundos de capital, não promove a ligação entre parques de ciência e tecnologia em Portugal e no mundo”, enumerou.
Ainda assim, o Parkurbis “apresenta as contas e justifica o valor negativo de 53 mil euros, dos quais pede 42 mil ao município”, o que fez com que a oposição se abstivesse neste ponto.
Pedro Farromba acrescentou, ainda que visto que este espaço “hoje serve apenas para albergue de escritórios”, a oposição propôs que a gestão passe a ser feita por um vereador uma vez que “justificaríamos uma ausência maior de custos e este resultado negativo passaria a ser positivo”.
Já no ponto relativo à ICOVI, a oposição votou contra dado que esta apresenta um valor negativo de 255 mil euros e “não apresenta contas”. “Já é o segundo ano consecutivo que dá prejuízo o que não devia acontecer sobretudo porque vende água e todos sabemos ao preço que está a água no nosso concelho”, vincou.
A gestão “recorrentemente desorganizada e com falta de informação” fez com que a oposição apelasse ao presidente da CMC para que substitua o conselho de administração.