Covilhã: Inter-Reformados exige aumento real das pensões e garante lutar por velhice digna

A Inter-Reformados, estrutura da USCB/CGTP-IN, e as associações de reformados do Tortosendo, da Covilhã e de Unhais da Serra, manifestaram-se ontem, dia 10, no Pelourinho, pelo “aumento real das pensões”.

Esta foi uma ação de luta nacional que “move os que estão mais desfavorecidos, os reformados”, explicou Aurélio Madeira, da Inter-Reformados.


“Sabemos que no nosso país as reformas são baixíssimas. Na nossa zona, algumas são abaixo dos 300/400€, o que é de lamentar numa altura em que se verifica o aumento de custo de vida”, critica.

O dirigente sindical lamenta que “os reformados, aposentados, pensionistas e idosos continuem a perder poder de compra devido a reduzidos aumentos das reformas e congelamento das restantes”.

Segundo o mesmo, com o aumento do custo de vida “agravam-se as desigualdades sociais e o empobrecimento de todos aqueles que após uma vida de trabalho têm como forma de subsistência a sua reforma, a sua pensão. Esta não chega para fazer face às despesas”, vinca.

“É insuficiente a proposta de aumento de salários e pensões do governo contida no orçamento de estado”, reforça Aurélio Madeira, apontando ainda para a urgente necessidade da “melhoria das condições do SNS, fim das scuts, uma rede de transportes abrangente no concelho e redução dos passes por via do PART”.

Esta posição foi corroborada pelas associações de reformados do Tortosendo, da Covilhã e de Unhais da Serra, presentes na manifestação.

O MURPI e todas as suas estruturas, federações e associações reivindicam o aumento extraordinário de 20€ em todas as reformas e pensões e divulgam um abaixo-assinado pela “valorização real de todas as pensões, reposição da idade de acesso às pensões de velhice e reforma aos 65 anos e direto de acesso à reforma antecipada voluntária, sem qualquer penalização para os trabalhadores com 40 ou mais anos de carreira contributiva, independentemente da idade”.

“Uma luta que estamos dispostos a travar pelo direito a uma velhice com dignidade”, conclui Aurélio Madeira.