Assembleia Municipal da Covilhã aprova contas consolidadas e todos os pontos em agenda

A Assembleia Municipal da Covilhã, em reunião que durou mais de sete horas esta segunda feira, no auditório municipal, aprovou por maioria as contas consolidadas do grupo Município da Covilhã.

Tal como já tinha acontecido na reunião privada do executivo, a oposição apontou várias críticas aos documentos e ao modelo de gestão Câmara da Covilhã.  


O grupo municipal do CDS, alertou para a situação das administrações das empresas municipais, defendendo que os mandatos são de 3 anos, ou coincidem com o mandato autárquico, e, até à data não são conhecidas nomeações.

Concluiu que pelas contas consolidadas, em especial pelos relatórios de atividades das empresas municipais que “é uma evidência que a CMC tem uma armada empresarial de topo, com navios de excelência e bem apetrechados, mas dirigidos por simples marinheiros, sem visão e sem outra ambição que não a sua própria sobrevivência e sustento”, disse João Bernardo.

O grupo municipal do PCP frisa que da “conformidade das contas tratou a empresa que as auditou”, competindo à Assembleia Municipal uma análise política e o partido “discorda do modelo de gestão”, apontou Marco Gabriel.

Destaca que o modelo “permitiu a privatização da AdC, abrir as portas à privatização da recolha de resíduos e limpeza urbana e parcerias publico privadas. Permite o recrutamento de pessoal sem concurso e despesas com administradores não eleitos e traduz-se em serviços mais caros para os covilhanenses como o caso da fatura da água”, salientou, destacando ainda que “este modelo foge ao escrutínio dos eleitos na Câmara e Assembleia Municipal”.

O PSD aponta que este é “um documento enganador e pouco transparente” porque não tem as contas individuais das empresas, nomeadamente AdC, ICOVI e Parkurbis, deu conta Jorge Vaz, frisando que “tendo as empresas as contas aprovadas desde o final de março, não se entende porque não foram estas remetidas aos eleitos da Assembleia Municipal”.

Vinca que “quem aprecie contas consolidadas, sem as contas individuais significa que não sabe do que está a falar”.

Em defesa das contas e da gestão esteve o grupo municipal do PS. As contas “representam uma marca do Partido Socialista”, disse Afonso Gomes, vincando que a gestão da CMC tem por objetivo “fazer e pagar e pagar o que os outros fizeram e deixaram por pagar”, destacando que ainda assim “a câmara tem capacidade para cumprir as suas obrigações, tem contas certas e pode continuar a investir no concelho sem comprometer a sua saúde financeira”.

Às críticas da oposição respondeu Vítor Pereira, começando por afirmar que apontar a legalidade dos documentos é desrespeitar o trabalho dos técnicos que as elaboraram e da empresa externa que as audita, frisando que “se o documento está presente para discussão e votação é porque não contém ilegalidades”.

O autarca destaca que com a sua gestão de contas certas “devolveu credibilidade ao município que era coisa que este não tinha”.

As contas passaram na Assembleia com 24 votos a favor, 10 contra e duas abstenções.

Os restantes pontos da agenda, nomeadamente protocolos com as juntas de freguesia foram todos aprovados bem como a constituição do Conselho Municipal da Educação.

Foi eleita como representante do órgão no Conselho Municipal da Cultura Maria da Graça Sardinha, e, entre os presidentes de junta, para o Conselho Municipal da Saúde foi eleita a presidente da Junta de Freguesia de Verdelhos Daniela Correia.