Covilhã: Água e granito são inspiração para exposição mista no Museu de Arte Sacra

“Do efémero das águas à eternidade do granito” é o nome genérico da mostra que será inaugurada quarta-feira no Museu de Arte Sacra na Covilhã.

Trata-se de uma exposição mista, que reúne pinturas de Hélder Tiago e esculturas de Vítor Sá Machado, com peças únicas e originais inspiradas na água e no granito. “Um jogo de contrastes entre a fluidez do traço e da cor sobre a tela e a força e rudeza do ferro que enlaça o granito”, descreve o Museu em nota de imprensa.


A cerimónia de inauguração terá lugar pelas 21h00, no Museu de Arte Sacra, e contará com um momento musical proporcionado pelo Grupo de Cantares “Tantos & mais 1”.

Hélder Tiago, natural do Tortosendo, desde a adolescência se sente atraído pela criação artística e escrita poética. Nos finais dos anos 70 inicia formação no campo das Artes Plásticas através da fundação de um grupo – Grupo da Estância – sob a orientação do Mestre Porfírio Alves Pires, vindo a participar em exposições coletivas como artista independente, com obras essencialmente de pintura e óleo sobre tela, evoluindo do figurativo para uma pintura mais informal e gestual, simbólica, abstrata. Em 2003 realiza a primeira exposição individual na Sociedade Portuguesa de Arte-terapia em Lisboa. Atualmente as obras são realizadas a carvão e pastel seco sobre papel com uma técnica muito pessoal. Para o artista “estas obras falam do granito e da água que canta por ribeiros e ribeiras”.

Vítor Sá Machado nasceu em Lisboa em 1947, onde se formou em Artes, Decoração e Design no IADE (1971). Trabalhou como designer gráfico, como ilustrador e caricaturista, tendo criado adereços e cenários para RTP, SIC e TVM (Moçambique). O seu trabalho destaca-se no teatro, na criação de adereços, cenários e máscaras para diversas companhias como a Barraca, Teatro-esfera, Teatro Variedades, Teatro Acert, Teatro Oficina e Teatro Nacional D. Maria II. Participa em exposições coletivas e individuais desde 1985, com esculturas, aguarelas, caricaturas, cerâmicas e sketchs. Atualmente reside em Escalhão (Beira Alta), onde se dedica à escultura e aguarela, continuando a trabalhar para teatro e televisão. Fez a primeira exposição de Máscaras em 2004 no Teatro Municipal da Guarda.

A exposição estará patente ao público, de 29 de junho a 20 de agosto de 2022, podendo ser visitada de terça a domingo, entre as 10h00 e as 18h00, com entrada gratuita, Museu de Arte Sacra (junto ao jardim público).