Covilhã: Câmara aprova contas consolidadas com voto contra da oposição

A Câmara Municipal da Covilhã (CMC) aprovou hoje de manhã as contas consolidadas de 2021 do Grupo Município da Covilhã (autarquia e empresas em que esta detém participação), com o voto contra dos vereadores da oposição (Juntos, fazemos melhor).

No final da reunião extraordinária privada, aos jornalistas, a oposição apontou que o documento disponibilizado é “enganador e pouco transparente”.


“É enganador porque consolida contas de empresas municipais a que este órgão só tem acesso por consulta pública nos sites. Não há qualquer cuidado em trazer a este órgão as contas, mas apenas os pedidos de comparticipação financeira como aliás se viu no pedido feito pela Icovi numa das ultimas reuniões de camara onde alertámos para a gestão, digamos pouco cuidada, para não dizer completamente incompetente dos dinheiros públicos, tornando qualquer decisão que aqui possamos tomar enganadora”, vincou Pedro Farromba.

Para a oposição, “é imperativo que se exija uma gestão mais clara e transparente do universo municipal”, destacando que “as demonstrações orçamentais consolidadas apresentadas são única e exclusivamente as demonstrações individuais do município da Covilhã”.

O presidente da Câmara, Vítor Pereira, explicou, em declarações aos jornalistas, que o peso do património líquido no balanço do Município da Covilha sobre o balanço consolidado é de 97%, portanto “apenas 3% diz respeito às empresas municipais”. “Houve uma diminuição da dívida, de cerca de 5 milhões 62 mil euros e isto é o que mais importa salientar”, destacou.

Acerca da questão levantada pela oposição que afirma que no relatório consta que a CMC deve à Águas da Covilhã (ADC) quase 8 milhões de euros, Vítor Pereira alerta que é uma “confusão que pretendem que se instale” e sublinha que “na prática, a ADC é um braço armado da CMC, é património municipal onde temos, por acaso, um parceiro privado. As empresas municipais são a Câmara e a Câmara não deve à própria Câmara”, disse.

O autarca garante que “estamos no caminho que encetamos em 2013 de consolidar financeiramente o município, reforçar o seu património e equilibrar as contas, que se encontram de boa saúde”.