O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE), Luís Tadeu, afirmou, em declarações à Lusa, haver “coisas muito estranhas que estão a acontecer ao longo deste processo, na rapidez de tomada de decisões e as consequências de tais opções ou ausência destas, que tiveram na progressão do incêndio”.
LuÍs Tadeu reforçou, ainda, a importância de verificar todo o processo de combate a este incêndio, de forma “a reforçar a confiança das nossas populações em quem nos orienta e quem orienta os nossos bombeiros”, insistindo na elaboração de “um estudo independente de análise” do combate a este incêndio. “Não pode o vento justificar tudo. É, portanto, preciso analisar”.
Sobre o impacto deste fogo, Luís Tadeu classificou como “uma desgraça completa”, destacando que “foram atingidas áreas que eram Património da Humanidade e que foram completamente dizimadas”.
O incêndio afeta os concelhos da Covilhã (em fase de rescaldo), Manteigas, Gouveia e Guarda, sendo que foi evacuado um parque de campismo e uma praia fluvial.
De acordo com o comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo da Proteção Civil, Ilísio Oliveira, os canadairs estiveram indisponíveis durante todo o dia, sendo que o combate foi feito com os restantes meios aéreos.
A esta hora (20:25) estão, no terreno, 1216 operacionais, auxiliados por 374 viaturas e três meios aéreos.
Fotografia: Agência Lusa