A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã recebeu 9 propostas para a obra de reconversão do antigo hospital da Covilhã em lar destinado a pessoas com doenças neurodegenerativas (demências), avançou o provedor da instituição, à margem da cerimónia de inauguração da sala snoezelen, esta quarta-feira de manhã.
Neto Freire mostra-se agradado com o interesse que a obra suscitou entre as empresas. Explica que o júri está a analisar as propostas, que foram abertas na terça-feira, dia 20, avançando que a Santa Casa está em condições de consignar a obra, que logo que se esgotem os timings administrativos, o que espera venha a ocorrer ainda em outubro.
Segundo explicou aos jornalistas, a instituição tem verba inscrita para 2022 destinada à obra, mais de 700 mil euros, o que significa que “há urgência” em ultrapassar estas questões burocráticas e iniciar os trabalhos.
A obra, com um prazo de execução de 19 meses, vai “mudar a visão que existe do Campus Misericórdia”, uma vez que irá intervir “no único edifício que falta remodelar” e, como se trata de criar um lar destinado a “demências” irá permitir uma “triagem” de utentes, conseguindo-se cuidados diferenciados, uma vez que terão alas especificas para cada caso, disse.
A obra irá permitir a criação de 74 camas, destinadas a demências, aumentando a capacidade de resposta em lar que se situa atualmente em 120.
As obras de construção representam um investimento de 2,5 milhões de euros. Com equipamentos e aquecimento a Santa Casa prevê chegar aos 3,5 a 4 milhões de euros, financiados no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência, PRR, e cujo contrato já foi assinado com o Governo.
Para além deste projeto, que já está em curso, a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã aguarda a aprovação do projeto, já entregue na Câmara Municipal, para uma Unidade de Cuidados Continuados, que prevê a criação de 60 camas no total e um investimento de 6 milhões de euros. O objetivo é que o projeto esteja pronto a executar quando, dentro de meses, abrirem as candidaturas a apoio no âmbito do PRR
Para o futuro a Santa Casa pretende ainda a criação de um alojamento local e urgente para vítimas de violência doméstica e para os mais necessitados, explicou o provedor.