A homenagem ao antigo dirigente do CCD do Rodrigo, Manuel Carrola, marcou o arranque das comemorações dos 70 anos do clube.
A sede da associação tem uma nova esplanada, a que foi atribuído o nome do antigo dirigente. A cerimónia decorreu na última sexta-feira e ficou marcada pela emoção de recordar “um amigo e dedicado sócio e dirigente do clube”, disseram as várias personalidades presentes, recordando o homem, o dirigente associativo e sindical que foi Manuel Carrola.
Carlos Paulo Rato, presidente da assembleia geral do clube, afirmou que enquanto dirigente, Manuel Carrola “era três quartos da equipa, estava sempre presente”.
Carlos Paulo Rato, que está ligado ao clube há muitos anos, deixou ainda um apelo aos jovens para que se “aproximem da coletividade” e assumam os seus destinos porque “sem eles o clube pode desaparecer”.
Um apelo também repetido pelo presidente da direção, Manuel Teixeira. Afirma que “não está cansado, mas não há lugares cativos” e está na altura de dar o lugar aos jovens, “para tentarem fazer diferente do que nós fazemos”, disse.
Sobre a homenagem a Manuel Carrola, explicou que, em assembleia geral, o clube decidiu dar o seu nome à nova esplanada, porque desta forma “ele será sempre lembrado”, frisando que se fosse dado o seu nome a um torneio corria-se o risco de este deixar de se realizar e Manuel Carrola cair no esquecimento, como aconteceu com outros dirigente no passado, destacou.
Carlos Martins, presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, considerou “mais do que justa” a homenagem feita a Manuel Carrola. “Quem o conhecia sabia que para ele era sindicato, trabalhadores, movimento associativo e no final a família”, disse.
Carlos Martins reiterou também o apelo aos jovens para que se juntem ao movimento associativo, considerando que “também os políticos devem estar mais próximos destas associações e não só nos aniversários, inaugurações e campanha eleitoral”, afirmando que esta é também uma autocrítica vinca que “nós temos obrigação de ajudar mais, estas coletividades precisam de mais”, disse.
Margarida Pereira, coordenadora da Fundação INATEL repetiu também o apelo à intervenção dos jovens, e explicou que a Fundação gostava de “ajudar mais, mas deixou de ter orçamento próprio”. Considerou Manuel Carrola um grande homem do associativismo e por isso tinha que se associar a esta homenagem.
José Armando Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, vinca que “é nestas casas que se formam pessoas, que muito se aprende”, disse que por esse motivo o Estado tem “uma dívida de gratidão para com estas casas”.
Concorda que os jovens precisam de se virar para o movimento associativo, mas “é preciso reinventar as associações e adaptar as atividades” aos novos tempos, para que tal aconteça.
Quanto a homenagem a Manuel Carrola, recordou “uma pessoa amiga”, afirmando que “deixa também uma homenagem ao homem da política”, vincando que “Manuel Carrola serviu bem o seu partido no concelho” e tal não pode ser esquecido.
Nesta cerimónia de homenagem esteve também Luís Garra, antigo coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, instituição a que Manuel Carrola esteve ligado e onde deixou a sua marca, realçou Garra, considerando-o nas suas várias facetas “um ser humano superior”.
“A homenagem que aqui vai ser feita honra os órgãos sociais do CCD do Rodrigo, a massa associativa e a Covilhã”, disse, recordando que a Câmara Municipal da Covilhã já o quis homenagear no passado, mas ele nunca aceitou, confidenciando que ele afirmava que as homenagens individuais não contam e dizia que em vida não, mas “no fim de morto façam o que quiserem”. “Está por isso na altura de a autarquia se lembrar dele como uma das personalidades a homenagear no 20 de outubro”, rematou.
Esta cerimónia de homenagem e inauguração marcou o início das comemorações dos 70 anos do clube que se vão prolongar até dia 5 de outubro, altura em que terá lugar o convívio de aniversário e a entrega de prémios dos vários torneios que vão decorrer até lá.