A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, CPCJ, da Covilhã acompanhou em 2021 mais de 300 processos, revelou o presidente da comissão na Assembleia Municipal.
Pina Simão apresentou o relatório anual da CPCJ e deu conta de “uma carga processual significativa para o universo do concelho”.
Segundo o responsável “num concelho com um universo de aproximadamente 5 mil crianças e jovens a CPCJ acompanhou quase 300 crianças, o que é significativo”, disse.
Do relatório apresentado destaca ainda os 84 casos acompanhados que têm por base violência doméstica, frisando que representam “um peso significativo” nas sinalizações que chegam à comissão.
“É um problema transversal ao país, é um problema nosso, da Covilhã e difícil de resolver”, afirmou, vincando que “é insolúvel a curto prazo”. “Só com intervenção direta e assertiva nas escolas, este problema será ultrapassado”, alertou.
Durante a apresentação dos dados, Pina Simão, descreveu que a própria comissão desenvolveu diversas ações, umas nas escolas, outras direcionadas ao público escolar, tendo em vista a prevenção deste flagelo, vincando que é preciso travar “o aumento significativo” das sinalizações que acontecem por violência doméstica ao longo dos últimos anos.
“Registamos um aumento significativo ao longo dos anos dos processos de violência doméstica, há 10 anos que está a aumentar. É uma situação a que é preciso por cobro, tentar encontrar soluções na medida de possível imediatas e mais sustentadamente a médio e longo prazo para acabar com as situações de violência doméstica e de género no nosso país”, disse.
Após a apresentação do relatório na Assembleia Municipal, Vanda Ferreira (PSD) manifestou “solidariedade e apoio” à comissão e deixou um voto de agradecimento pelo trabalho desenvolvido.
Catarina Mendes (PS) também agradeceu o trabalho feito, num ano difícil, ainda com algumas limitações devido à pandemia de Covid 19, louvando a dedicação de todos os que compõem a comissão.