O Ministro da Economia e do Mar deixou na Covilhã um sério alerta para necessária alteração de comportamentos, políticas e economias, tendo em conta aquela que considera a “maior ameaça existencial dos últimos milénios”, referindo-se às “alterações Climáticas”.
O governante falava na Universidade da Beira Interior, numa conferência organizada pelo NECE, Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais, subordinada ao tema “As empresas no centro da investigação”.
Referindo a crise energética e económica motivadas pela guerra e pela pandemia, António Costa e Silva frisa que, ainda assim, a “ameaça existencial mais dramática que a espécie humana sofreu nos últimos milénios são as alterações climáticas”, disse.
Alerta que “a suposta espécie racional, nós, aposta num modelo de desenvolvimento que é predador dos recursos do planeta e cria uma situação sem precedentes”, disse.
Costa e Silva frisa que somos “uma civilização que transforma recursos em lixo a uma velocidade sem precedentes na história”, explicando que, só no espaço da União Europeia, se os resíduos forem reprocessados recupera-se cerca de 30% dos metais estratégicos que precisamos”.
O Ministro frisa que, no centro das decisões e das análises económicas, tem que estar a dualidade crescimento sustentável/crescimento económico, vincando que “é possível e é uma das respostas”.
Avança que temos que ter em mente, que “a Biodiversidade é o nosso seguro de vida neste planeta” e se “o ritmo da sua extinção continuar vamos ter sérios problemas no futuro”, avisou.
A falar para uma plateia essencialmente de jovens, o ministro destacou ainda que Portugal começou a apostar há alguns anos nas energias renováveis, avançando que “nesta altura já se produz cerca de 60% da nossa eletricidade a partir de renováveis”, perspetivando que “em 2050 se conseguirá chegar aos 75%”. “Um caminho de sustentabilidade”, vincou.
Este é um contributo para a sustentabilidade da vida do planeta, reforçou António Costa e Silva, avançando que desde 2005 o país diminuiu em 55% as emissões de dióxido de carbono. “Um caminho que temos que continuar”, concluiu.