“Páginas da Memória” foi o título genérico da apresentação de três livros da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), na qual o vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, José Armando Serra dos Reis, deixou um agradecimento “a todos aqueles que contribuíram para a nobre luta que foi o combate ao fascismo”, destacando o “papel preponderante das mulheres nesta época”.
“Podia não parecer, mas as mulheres estiveram na linha da frente nesta luta e, se não fossem elas, não teríamos conquistado determinados direitos e, provavelmente, o 25 de abril não teria chegado tão cedo”, realçou Serra dos Reis, frisando, ainda, que “as mulheres foram brilhantes no modo como trabalharam”.
Em última nota, o vice-presidente da autarquia vinca que “o Município da Covilhã está muito grato por receber esta sessão”, acrescentando que “é com este trabalho que temos de viver para que ninguém consiga fechar as portas que abril abriu”.
José Pedro Soares, ex-preso político e coordenador URAP, sublinhou que “grande parte da população nasceu depois do 25 de abril”, realçando, neste sentido, “a importância destes livros, nos dias de hoje, para recordar aquilo que não pode ser esquecido”.
Ao concluir o seu discurso, “uma revolução extraordinária e um exemplo magnífico” é como José Pedro Soares descreve o 25 de abril.
Para encerrar a sessão, o presidente da Assembleia Municipal, João Casteleiro, afirmou que “vai haver sempre alguém a tentar comprometer a liberdade dos outros”, realçando, por isso, que “esta cultura de consciência tem de se manter sempre”.
A sessão de apresentação, que teve como mote “Páginas da Memória”, decorreu na sexta-feira, dia 4, e contou com a presença de José Armando Serra dos Reis, José Pedro Soares, João Casteleiro e Maria da Cruz Marques, dirigente do sindicato dos professores, que fez a leitura de diversos excertos dos livros.