O edifício em ruínas na Rua Alexandre Herculano, no coração do centro histórico da Covilhã, que nos últimos dias sofreu nova derrocada, deve ser demolido “o mais rápido possível”, disse Vítor Pereira, durante a assembleia municipal que decorreu na segunda-feira.
O autarca foi questionado sobre o tema por Joana Rocha (CDS), que deu conta da preocupação de “quem vive e trabalha junto a estes edifícios”, principalmente em dias de chuva intensa como os que se têm verificado. A eleita mostrou-se ciente das “dificuldades burocráticas que existem quando estes edifícios têm vários donos”, mas apontou o dedo à autarquia por não tratar dos que são sua propriedade.
O presidente da Câmara explicou que parte deste edifício, na zona da casa das Morgadas, sede do PCP, e da loja “A Tentadora”, é da autarquia e outra é de “uma caterva de herdeiros”, o que dificulta a tarefa “de congraçar as agendas de todos”.
“Aquele edifício parte é nosso e a outra é de uma caterva de herdeiros, alguns nem se sabe bem quem são”, disse, dando conta que é um assunto que se arrasta no tempo, desde o último mandato do seu antecessor, vincando que, “entretanto, já faleceram mais herdeiros”. “É uma complicação” sublinhou.
Afirma que a autarquia tem o processo de expropriação por utilidade pública a decorrer e recorda que “aquela é uma zona classificada” o que obriga a “um sem número de pareceres”.
“Esta situação não pode continuar”, afirma o autarca, frisando que “face à iminente ruína, para que não cause danos nem a pessoas nem a bens”, pediu aos serviços “que se tramite, de acordo com a lei, este processo administrativo, agilizando o mais possível tendo em vista a demolição, o mais rápido possível”, disse
Em causa, recordou o autarca estão questões de segurança e de salubridade.