Depois de uma semana na região, com a iniciativa “Sentir Portugal”, em que visitou todos os concelhos do distrito, reuniu com empresas, hospitais, escolas, instituições de ensino superior e do setor social, Luís Montenegro, presidente do PSD, afirma que “não se resigna” com o facto de o partido ter apenas 3 câmaras neste território.
“Eu não me resigno a ter três câmaras no distrito de Castelo Branco. Uma das componentes da visita foi levar muitas informações para poder construir soluções autárquicas nesse quadro, mais consistentes, para poder vencer mais eleições e há essa oportunidade. Verifiquei que há deficiências ao nível do desempenho dos presidentes de câmara que são, maioritariamente, do PS. Há algum laxismo e imobilismo que compete ao PSD colmatar com candidaturas mais consistentes para ter a confiança dos eleitores”, disse.
Luís Montenegro não quis “fixar objetivos”, explicando que há autárquicas em 2025 e o PSD terá eleições internas em 2024, mesmo estando convicto que continuará a ser o líder e irá liderar o processo. Assume que encontrou no terreno “condições de oportunidade, por um lado, e de atratividade, por outro, para ter bons candidatos e boas candidaturas para encontrar um resultado que nos faça ser maioritários neste distrito”.
O líder social-democrata falava na Covilhã, no final de uma reunião com o reitor da Universidade da Beira interior.
Nas declarações aos jornalistas elogiou o desempenho da UBI, “que faz mais com menos”, referindo-se ao financiamento, mostrando preocupação com esta matéria. Luís Montenegro voltou a afirmar que considera que as instituições de ensino superior são “chaves mestras” para o desenvolvimento dos territórios de baixa densidade e considerou a UBI “um exemplo”.
Luís Montenegro esteve durante toda a semana com a iniciativa “Sentir Portugal” no distrito de Castelo Branco e, em jeito de balanço, considera a “jornada muito produtiva”, concluindo que “há um país real que está muito distante de um país político que discute temas e polémicas que não têm uma correlação direta com o que as pessoas vivem no seu dia a dia”.
Afirma que encontrou falta de recursos humanos na saúde, uma necessidade de políticas de atração para profissionais, nomeadamente médicos, vincando que as que estão no terreno não resultam. “Temos que que ter condições reais de discriminar positivamente este território”, disse.
Sai da região com “a consciência de que há muito a fazer e que é preciso mudar muitas coisas para haver mais coesão territorial e igualdade de oportunidades”. Fala em infraestruturas, atração de investimentos para a região, a fixação de pessoas, aproveitar as potencialidades para turismo e agricultura, por exemplo.