A administração da ‘Teleperformance’ garante, em correspondência eletrónica trocada com Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, que mantém o interesse no negócio da Covilhã, admitindo mesmo o aumento do número novos colaboradores, embora fale em “adequar as instalações”, uma vez que a maioria dos seus colaboradores estão em teletrabalho.
O conteúdo dos e-mails trocados entre Vítor Pereira e a administração da empresa foi tornada pública pelo próprio autarca ontem, no final da Assembleia Municipal da Covilhã, depois de questionado pelos jornalistas sobre a matéria. O autarca afirma que não abordou o tema durante a reunião por não se ter “apercebido” da questão que lhe foi colocado pelo eleito do PSD, Jorge Vaz.
Recordar que circulam de forma pública informações que dão conta do encerramento da empresa no final do ano o que provocou alarme social, uma vez que no call center da empresa há perto de duas centenas de colaboradores e as informações vincam que apenas se irá manter a parte que tem contrato com a empresa.
Informações que levaram Vítor Pereira a questionar a administração da empresa, e a solicitar uma reunião, manifestando a sua preocupação com esta matéria.
O autarca leu aos jornalistas a resposta da empresa onde está espelhada a intenção de manter em funcionamento o call center, aceitando o pedido de reunião.
“A Teleperformance permanece altamente comprometida na continuação e crescimento do negócio na Covilhã. Nesta nova conjuntura, colaboradores e clientes, promovem e solicitam o trabalho remoto. A maioria dos colaboradores trabalha a partir de casa, o que gera uma necessidade de adequar as instalações, mas isso não reflete, de nenhuma forma, o desinvestimento na zona, pelo contrário, na nossa reunião gostaríamos de conversar sobre estratégias para atrair futuros colaboradores para a região”, citou o autarca.
A reunião, avançou ainda Vítor Pereira, não tem data marcada, mas irá acontecer nos próximos dias.
Questionado também sobre a possível venda do Data Center da Altice, o autarca avança que tem informações que contrariam essa intenção.
Ainda assim garante que a concretizar-se o negócio, à semelhança do que aconteceu quando este passou da PT para a Altice, para a nova empresa passam os direitos e os deveres atuais.