Inter-reformados reivindica transportes grátis

Avançar com um abaixo assinado onde se reivindica transportes gratuitos para os reformados, é a principal medida aprovada pela direção distrital da Inter-reformados, em reunião que decorreu esta segunda-feira, dia 9, na Covilhã.

No final, em conferência de imprensa, Luís Garra, coordenador da estrutura que agrega reformados dos sindicatos mais representativos da economia da região, frisa que nesta matéria “o interior também é Portugal”, fazendo um paralelismo com os descontos que são efetuados em outras regiões do país.


Afirma que “num quadro em que as condições de vida dos reformados se degradam”, devem ser adotadas “medidas concretas para atenuar os custos que os reformados têm para se deslocar”, anunciando que vão lançar um abaixo assinado nos 3 concelhos da Cova da Beira, Covilhã, Belmonte e Fundão, onde se exige a gratuitidade de todos os transportes para os reformados.

O abaixo assinado será depois entregue aos presidentes de câmara, bem como ao presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, CIM BSE, que superintende os transportes interurbanos, solicitando essa gratuitidade.

Luís Garra, frisa que os transportes “são um peso” para os reformados e que este “não é igual em todo o país”, não havendo justiça nesta matéria.

Sustenta que na região as pensões “são das mais baixas, porque baixos também foram os salários, e os transportes são os mais caros do país”. Dá como exemplo os preços em Lisboa, em que um passe urbano, para circular entre Lisboa e Torres Vedras, custa 40 euros e na Covilhã para circular entre Vila do Carvalho e a cidade se paga mais que esse valor. Aponta ainda a escassez e a fraca qualidade dos meios de transportes, para além da quase inexistência de transportes entre concelhos e até dentro do mesmo concelho.

o responsável dá ainda conta que a estes fatores se soma o facto de na região da CIM Beiras e Serra da Estrela, “não estar a ser aplicado o Programa de Apoio à Redução Tarifária dos transportes, o denominado PART”, ao contrário do que acontece na maioria das regiões do país, como é o caso, por exemplo, da CIM Beira Baixa. Lembra, ainda, que para Castelo Branco já foi anunciada a gratuitidade dos transportes para reformados, uma medida que já está em prática em Lisboa.

Luís Garra mostra-se convencido que esta é uma medida “possível e realizável”, afirmando que “não se pode evocar contratos, nem apoios que estão a ser desviados dos utentes para as transportadoras, porque é uma clara violação do que a Assembleia da República aprovou sobre o PART”.

Referir que esta reivindicação foi aprovada na reunião da direção da distrital da Inter-reformados, em que foi também decidido apoiar todas as medidas das estruturas nacionais da CGTP, ligadas aos reformados, na luta para que, ainda em 2023, a justiça seja feita e “haja a reparação dos danos causados aos reformados pela atualização insuficiente das pensões de reforma”.