MALA: Projeto da CooLabora promove autonomia financeira de grupos vulneráveis

Desenvolver conhecimentos em áreas simples, mas eficazes, para aplicação na vida de quotidiana de cada um, com ganhos na qualidade de vida e também financeiros, é o objetivo do projeto MALA, promovido pela CooLabora.

Conservas alimentares, pequenas hortas biológicas ou feltragem de lã, por exemplo, são algumas das oficinas promovidas no âmbito deste projeto que tem financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e que esta quinta-feira foi apresentado.


Destina-se, essencialmente a pessoas em situação de vulnerabilidade social, embora possa ser frequentado por qualquer um, e visa “dar ferramentas para a autonomia”, disse Graça Rojão à RCC.

“No fundo a MALA tem como objetivo trazer ferramentas para a autonomia”, frisando que se quer “criar um espaço onde as pessoas possam aprender saberes que têm a ver com as suas necessidades do quotidiano. Pode ser fazer tricot, tratar de uma horta”, realça, afirmando que são oficias diversas, mas também um espaço de convívio para as pessoas se encontrarem e sentirem-se parte da comunidade”, sublinha.

A MALA é fruto de uma parceria entre a CooLabora, coordenadora do projeto, a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, responsável pelo encaminhamento de migrantes, a Universidade da Beira Interior (UBI), que tutela as questões relacionadas com migrantes, e com o Museu de Lanifícios, que assumirá a dinamização de algumas das oficinas.

Para além das oficias Graça Rojão frisa que haverá atividades mais abertas à comunidade, como mostras de saberes locais. Um projeto que, essencialmente, pretende “dar conhecimentos” para realizar tarefas que tenham real impacto do ponto de vista “económico e ecológico”.

A iniciativa, nesta primeira fase, vai decorrer até dezembro, e a responsável não esconde que gostaria de ver o projeto ganhar raízes e transformar-se numa verdadeira “mala de ferramentas”, numa espécie de oficina partilhada pela comunidade, porque afinal, nem todos têm que ter um berbequim, ou um machado, recorda.

As diversas oficias têm inscrições abertas, irão decorrer no Museu de Lanifícios, outras no Tortosendo, no Teixoso e na sede da CooLabora. A inscrição é gratuita, cada elemento pode assistir a uma ou a várias, conforme o seu interesse, podendo também desistir a qualquer altura, destaca Graça Rojão.