Portagens: Plataforma reagenda protesto em Lisboa para 20 de maio

A Plataforma P’la Reposição das SCUTs na A23 e A25 decidiu, em reunião do Conselho Geral que teve lugar hoje ao final da tarde, reagendar a “Embaixada da Beira Interior em Lisboa” para o dia 20 de maio. Uma decisão na sequência da reunião de sexta-feira com o Ministro das Infraestruturas que terminou sem que o Governo assumisse o compromisso de abolir as portagens.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho Geral, Luís Garra, que falou aos jornalistas, anunciou a nova data para o protesto, 20 de maio, vincando que desta feita, a Plataforma só aceitará reunir com o Governo se a reunião for agendada até dez dias antes da realização da Embaixada e com conhecimento prévio das medidas a anunciar pelo Governo.


Segundo avançou, no Conselho Geral foi ainda decidido realizar, em março e abril sessões públicas de esclarecimento e debate, em várias localidades da Beira Interior. Entre 1 e 13 de maio será realizada uma ação regional descentralizada, em vários locais e com iniciativas diversificadas de protesto.

Uma linha de intervenção adequada, disse Luís Garra, vincando que a Plataforma “não ficará à espera de ações para reagir”, pretende “intervir para provocar resultados do grupo de trabalho interministerial”, disse.

Luís Garra avançou, ainda, que a Plataforma se mantém disponível para “dialogar com o Governo e encontrar soluções, num quadro em que este se comprometa a firmar, do ponto de vista legislativo, que essa eliminação se vai concretizar”.

Foi ainda feito um agradecimento à população pelo apoio manifestado à realização da Embaixada da Beira Interior em Lisboa, fazendo novo apelo à participação.

“A solução está nas suas mãos ou lutam e podem ter resultados, ou não lutam e terão as migalhas que o Governo lhes quer dar”, disse.

Um apelo feito também aos autarcas para que se juntem a esta iniciativa. “Ou estão com a população ou estão com o Governo, com os dois ao mesmo tempo não pode ser. O que é importante é que se deixem de artifícios e procedam à cedência ou pagamento de autocarros”, disse Luís Garra, agradecendo à Câmara de Pinhel, Belmonte, Fundão, União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, de Cantar Galo e Vila do Carvalho e Junta de Freguesia Tortosendo, que já o tinham feito e reiteraram a disponibilidade para o protesto de dia 20 de maio.

“Se podem pagar autocarros para acompanhar equipas de futebol, por maioria de razão têm o dever de ceder autocarros para que a população se desloque a Lisboa defender o Interior”, concluiu Luís Garra em nome da Plataforma P’la Reposição das SCUTs.