A Mesa da Assembleia Geral do Sporting Clube da Covilhã anunciou hoje, em conferência de imprensa, que vai marcar, ainda para o mês de março, uma reunião extraordinária do órgão para votação da constituição da SAD, ponto por ponto, indo ao encontro da pretensão dos associados.
No encontro com os jornalistas Jorge Gomes, sublinhou que na ordem de trabalhos, haverá 5 pontos, sendo o primeiro a apresentação do projeto de transformação da SDUQ em SAD. No ponto número dois a leitura do parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar solicitado pela Direção, no número três a votação da transformação da SDUQ em SAD, no quatro, caso seja aprovado o anterior, autorizar a direção do clube a participar no aumento de capital social do Sporting Clube da Covilhã Futebol SDUQ, que passará para 250 mil euros, com a finalidade da sua transformação em SAD, no ponto número 5 será votada a autorização da direção a vender até 80% do capital social da SAD.
Jorge Gomes, frisa que face à votação ponto por ponto e à garantia, dada por José Mendes, presidente da direção do clube, em carta envida à Mesa Assembleia Geral, de que não vai realizar qualquer ato com base na votação de dia 29 de dezembro, aceitou a realização desta reunião
“Apesar de, antes da entrada da providência cautelar para travar as deliberações de 29 de dezembro, ter sido aprovada em assembleia geral da SDUQ a sua passagem a SAD, a 30 de dezembro, “por respeito ao Tribunal, entendeu a direção do clube bem como a gerência da SDUQ não executar a deliberação”, refere a carta envida pela direção do SCC à assembleia geral, citou Jorge Gomes
Entende o presidente da Mesa que “há a garantia, independentemente do que resultar da providência cautelar, que nenhum ato será validado com base na Assembleia Geral de 29 de dezembro”, o que “tranquiliza e dá tempo para realizar de forma bem pensada a nova assembleia geral”, disse.
Uma assembleia geral que se quer “muito participada”, estando por isso a estudar o melhor local para a sua realização, apontando para um espaço com capacidade para cerca de 400 pessoas.
O presidente da Assembleia Geral considera que se trata de uma “a renovação das deliberações tomadas a 29 de dezembro”, salientando como positivo o facto de serem votadas “ponto por ponto”.
Jorge Gomes frisa que colocou três condições à direção para realizar a assembleia geral proposta pela direção, nomeadamente, “a anulação de qualquer ato que tivesse sido feito pela assembleia anterior, dar de novo voz aos sócios para se pronunciarem sobre a constituição, ou não, da SAD e um ponto importante que vai em separado, que é a autorização para se vender até 80% da SAD. Eram pontos fundamentais para aceitar a efetivação da assembleia geral, o que se verifica”, sublinhou.
Na reunião magna dos associados os pontos fundamentais terão voto secreto, explicou ainda Jorge Gomes.
Aos jornalistas, frisou uma vez mais que desde o primeiro momento mostrou intensão de ouvir os associados, e, explicou que não anuiu à marcação da assembleia pedida pelo grupo de signatários que a solicitaram, uma vez que, legalmente, não reunia os critérios e não quis deixar “pontas soltas”, para não dar abertura a novas providências cautelares e impugnações.
Sublinha que, tal como garantiu aos signatários do pedido de assembleia geral, “caso não houvesse consensos” seria o próprio a marcar a assembleia e por isso “não compreende a pressão que foi exercida à Mesa, com tentativas de colagem à direção”. “Somos o garante do bom trabalho da direção, mas somos o defensor de todos os sócios, queremos dar a palavra aos sócios, tendo a certeza de que 50% mais um são maioria e é essa maioria que temos que respeitar”, sublinhou.
Com esta ordem de trabalhos, que vai ao encontro do que os associados pediram, Jorge Gomes mostra-se convicto que os problemas estarão ultrapassados.
Vinca que agora há tempo para reflexão sobre a matéria, há tempo para preparar devidamente a assembleia, incluindo com votação secreta, o que não se verificou a 29 de dezembro.
“É hora de apaziguar os sócios e unirmo-nos em torno de um projeto”, disse.
Também José António Pinho, secretário da Mesa, sublinha que o importante é decidir o que é melhor para o clube. “Não se trata de estar uns contra os outros, mas sim todos unidos em torno de um bem maior que é o Sporting Clube da Covilhã”.
Jorge Gomes alerta desde já que será feito um trabalho administrativo exaustivo para a assembleia geral, vincando que para participar nos trabalhos e votar os associados terão de ter a quotas do mês em curso pagas, neste caso o mês de março.