“Roupa com significado” é como a Burel Factory descreve a nova coleção de roupa, constituída por cerca de 50 peças unissexo “feitas manualmente e com recurso a máquinas centenárias”, avança a revista Evasões.
Chama-se “Woolclopedia” e é uma enciclopédia de lã, cujas peças “carregam a tradição e património da Serra da Estrela”.
Segundo Isabel Costa, fundadora da Burel Factory juntamente com o marido João Tomás, a ideia de criar uma coleção de roupa própria surgiu depois de comprarem uma fábrica em insolvência, na Covilhã, que precisava de produzir para se manter em atividade.
Para desenhar a coleção com novas visões, juntaram-se a José Luís Pinheiro, a Filipa Homem, designer de moda e consultora criativa, Mafalda Fialho, designer de moda, e ainda a Sara Lamúrias, designer de acessórios.
De acordo com a informação avançada pela Evasões, no momento em que visitaram a fábrica em Manteigas “deixaram-se inspirar pelos padrões, técnicas de confeção e pela força da lã, assim como pelas tonalidades da paisagem montanhosa, e o resultado foi uma coleção dividida entre uma paleta de tons mais coloridos, com rosas e azuis, e outra mais natural, com laranjas, verdes e neutros”.
O processo envolveu a produção de moldes, novas gramagens e várias misturas.
As cerca de 50 peças, entre malas, casacos, calças, vestidos, cachecóis, bonés, cintos e sapatilhas, cada uma com 100 unidades apenas e tamanhos entre o XS e o XXL, são descritas como “confortáveis, leves e práticas”.
São “roupas para durar, que mantêm vivos os tons e as texturas naturais da serra e os métodos tradicionais de produção”, pode ler-se na página da revista semanal, que sublinha ainda que, tanto em Manteigas como na Covilhã, a empresa “emprega talentos locais, abastece-se junto de pequenos produtores e artesãos e incentiva a fixação de jovens naquele território, homenageando a história da produção de lanifícios”.