A Assembleia Geral da Associação Desportiva da Estação, ADE, aprovou ontem a noite, por unanimidade, as contas referentes a 2022. Uma reunião magna que começou com um minuto de silêncio em homenagem a José Manuel Moura, secretário da mesa assembleia geral, que faleceu recentemente.
Com um resultado do exercício negativo, em cerca de 19.314 euros, o presidente do clube explica que este está relacionado com investimentos feitos, essencialmente em obras no complexo desportivo do clube, vincou Paulo Ramos, deixando claro que “não está relacionado com a atividade regular do clube”.
“O que nos deixa mais sossegados é salientar que se as obras foram feitas é porque tínhamos disponibilidade para as fazer”, sustentou, em declarações à Rádio Clube da Covilhã.
O dirigente detalhou que no ano passado foram gastos em obras no complexo desportivo cerca de 23 mil euros.
Assumindo que a “conjetura atual não é muito favorável”, não esconde que a situação financeira o “preocupa”.
Destaca que houve soluções que começaram a ser desenhadas, mas que a guerra veio atrasar ou até mesmo impedir que fossem concretizadas.
Com um passivo financeiro a rondar os 600 mil euros, assume que “os encargos mensais com o serviço da divida pesam para a dimensão do clube”, embora explique “é suportável, mas não nos deixa ir mais além, até em termos desportivos”, disse.
“Temos que procurar soluções para resolver em definitivo esta solução e não a propagar tanto no tempo”, disse.
Em termos desportivos considera 2022 como “um ano bom”, com 3 títulos distritais e com a equipa sub.15 no campeonato nacional, esperando que em 2023 se repita, pelo menos, este palmarés. Quanto ao futebol feminino considera que “ficou um pouco aquém do esperado”, salientando a grande dificuldade de captar atletas, o que provoca a falta de “renovação da equipa”.
Realça ainda o número de atletas inscritos na Associação de Futebol de Castelo Branco, mais de 300, um número que tem aumentado de ano para ano, disse o dirigente.