Por proposta do grupo municipal do PCP a Assembleia Municipal da Covilhã, na reunião de dia 17, aprovou, por unanimidade, uma moção em que se exorta a autarquia a preparar as comemorações dos 50 anos da “revolução dos cravos”, com um conjunto de iniciativas que contribua para “celebrar as suas conquistas”.
“Uma programação que envolva as forças vivas do concelho, que contribua para afirmar os valores de Abril e as suas conquistas e transmitir, às novas gerações, o que ela representou de ato de emancipação, democracia e liberdade”, detalha.
A moção exige ainda “a criação das regiões administrativas sem mais delongas e processos dilatórios”, disse Vítor Reis Silva.
Na moção relembra-se ainda a necessidade de “defender o poder local democrático, a sua autonomia e capacidade de realização”.
No preambulo do texto, afirma-se que o 25 de Abril, foi uma revolução e não uma transição de regimes, representando “um dos mais altos momentos da história do país,” exigindo-se que as suas comemorações “evidenciem o que foi o fascismo e combatam o seu branqueamento”.
“Celebrar Abril é evidenciar o que foi o fascismo e combater o seu branqueamento, é destacar a luta antifascista pela liberdade e democracia”. “Celebrar Abril é assinalar o seu sentido transformador e revolucionário, não rasurar a memória coletiva que o envolve, afirmar o caminho que o tornou possível, rejeitar as perversões e falsificações históricas, denunciar os que o evocam para o amputar do seu sentido mais profundo”, sublinha a moção.
Na discussão do tema, o presidente da câmara, Vítor Pereira, sublinhou que já está a trabalhar nesse programa, vincando que já escolheu a pessoa que vai convidar para “presidir a uma comissão plural, para que a efeméride seja uma verdadeira festa da democracia, da celebração dos 50 anos do 25 de abril, do reavivar da importância do poder local e do quanto ele contribui para mudar a face do país”.