Os vereadores eleitos pela coligação “Juntos Fazemos Melhor” na Câmara Municipal da Covilhã defendem a criação do estatuto do dirigente associativo, que permita a atribuição de benefícios, como forma de reconhecer o seu esforço e dedicação. Um assunto que já foi proposto pela autarquia, revela José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do Associativismo, mas não há consenso entre os líderes das associações, disse.
O tema esteve em discussão na reunião pública do executivo que decorreu na sexta-feira, dia 21.
Ricardo Silva (Juntos Fazemos Melhor), reconhecendo que o dirigente associativo “dedica muito do tempo que deveria ser para a família e até para o seu trabalho em prol das associações e comunidade”, propôs ao executivo que crie o estatuto do dirigente associativo.
“Que haja da parte do executivo um verdadeiro apoio que contemple propostas que minimizem o esforço pessoal e financeiro, e há dirigentes com mais de uma, duas e até três décadas de associativismo”, sublinhou.
A oposição na Câmara Municipal da Covilhã frisa que, “mais do que um monumento”, era “importante que se criasse este estatuto, que contemplasse, por exemplo, descontos para espetáculos culturais e nos transportes públicos”.
Um assunto que segundo revelou José Miguel Oliveira, a própria autarquia já propôs ao movimento associativo, durante o 1.º Fórum do Associativismo, em que estavam cerca de 370 dirigentes, sendo que a medida não foi consensual.
“Os dirigentes salientam que esse é um trabalho que fazem por gosto e de livre vontade e que por isso não deveria haver essa discriminação”, sublinhou o vereador.
Revela que defende que “é de justiça que essa discriminação positiva aconteça” e mostrou-se disponível para voltar a discutir o tema, com os dirigentes, no Fórum do Associativismo que está agendado para setembro.
“Estou disponível para abordar o tema no próximo Fórum e se a posição do movimento associativo sofreu alterações, podemos caminhar para a constituição desse estatuto”, vincou.