Desde dia 5 de dezembro que não se circula na Estrada Nacional 338, que liga Manteigas aos Piornos, o que se traduz num “impacto muito severo para a economia do concelho”, sublinha Flávio Massano, presidente da Câmara Municipal manteiguense.
O autarca revela que “não tem nenhuma contabilização oficial”, mas é notório que, com exceção das épocas de maior procura na Serra da Estrela, há quebras muito grandes na faturação dos empresários de Manteigas.
“Consigo perceber o impacto duro e severo. Estamos a falar, por exemplo, de grupos de 60 ou 70 pessoas, que tinham marcação para Manteigas, mas que ao perceberem à distância que a estrada está cortada, cancelaram a reserva e optaram por outra zona do país ou da Serra da Estrela”. Flávio Massano fala de outros exemplos, como o de cancelamento de almoços, em cima da hora, quando as pessoas se apercebem que “não podem descer para Manteigas”, sublinha, em declarações à Rádio Clube da Covilhã.
O autarca reconhece que em épocas de maior procura, não se nota tanto a quebra, uma vez que a capacidade de resposta local “é limitada” e há muita procura. O grande problema, sublinha, é que “acabou o conta-gotas de turistas nos meses menos fortes” e que estes que “fazem falta à economia”.
O presidente de câmara vinca que “não tem uma resposta concreta sobre a abertura da estrada”, que, recorde-se, foi encerrada devido ao risco de queda de pedras da encosta que foi fustigada pelo incêndio de agosto.
“Não sei se vai ser mais tarde ou mais cedo, estamos a fazer a pressão possível junto das entidades responsáveis e temos respostas diferentes. Há entidades que não se responsabilizam com datas e a fonte oficial do Governo, o Secretário de Estado das Infraestruturas, que aponta para o início de verão”, sublinha o autarca.
Refere que nesta altura “não há queda de pedras, não há riscos maiores naquela estrada, ou pelo menos superiores a uma estrada destas de montanha”, e, por isso, “continuamos a fazer pressão para a reabertura”.
Flávio Massano não esconde a preocupação, por ver o “impacto severo” que o encerramento provoca, e “não conseguir dar uma resposta, dizer às pessoas de Manteigas e aos visitantes, quando é que a estrada vai reabrir”, lamenta.
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