A Associação Rancho Folclórico da Boidobra celebrou ontem os seus 19 anos de existência. Uma associação que se confunde com o seu rancho, que recentemente celebrou 50 anos de existência, mas que tem muito mais atividades, realçou o presidente da direção da coletividade Alexandre Pereira.
Num momento simbólico para assinalar a data com associados, entidades oficiais e outras coletividades da freguesia, o presidente da direção destacou “o muito que a associação já conseguiu”.
“Uma associação relativamente jovem, quando comparada com outras da freguesia, mas nos seus 19 anos já mostrou muito trabalho e tem muita obra para mostrar”, disse o dirigente, dando como exemplo a sede da associação e os dois núcleos museológicos. Alexandre Pereira sublinhou ainda o facto desta ter conseguido dar continuidade ao grupo de folclore, que “tem um trabalho de excelência no passado, também em temos de recolha etnográfica”, frisou.
O dirigente aproveitou o dia para sublinhar “os desafios” que a associação tem para o futuro, que se prendem por colmatar as lacunas existentes, nomeadamente, conseguir um espaço maior para ensaios e “melhores condições para guardar o espólio que a associação recolheu para os Centros Interpretativos, bem como para os seus trajes, principalmente os originais e mais antigos”.
Pedidos que foram ouvidos pelas entidades oficias presentes, nomeadamente Junta de Freguesia da Boidobra e Câmara Municipal da Covilhã.
Começando por reconhecer o mérito da associação, e elogiando o seu desempenho no passado e no presente, Marco Gabriel, presidente da Junta de Freguesia, mostrou disponibilidade para ajudar a colmatar essas lacunas, embora sublinhe que “a chave não estará na Junta de freguesia”.
“Por aquilo que estou a perceber do investimento necessário para fazer face a essas necessidades, a chave não estará na Junta de Freguesia, mas de qualquer forma podemos ver algumas possibilidades. Com as obras de requalificação da sede da junta que vão arrancar, pode equacionar-se alguma ajuda para guardar esse espólio, teremos que estudar o tema”, disse.
José Miguel Oliveira, vereador com o pelouro do associativismo na Câmara Municipal gostou de ver “a presença do restante movimento associativo da freguesia” neste momento simbólico e disso deu conta na sua intervenção.
O autarca destacou “o dinamismo” da Associação, que fez com que conseguisse, ao abrigo do Orçamento Participativo, fazer a remodelação da sede. Vincou ainda “que foi das primeiras associações a perceber o espírito do regulamento de apoio ao associativismo e, ano após ano, tem conseguido cimentar as suas candidaturas e assim tem captado verbas importantes”. “Esta é uma associação que cumpre os seus objetivos”, disse.
Sobre o futuro o autarca considera que alguns dos desafios podem ter resposta ao abrigo do regulamento de apoio ao associativismo, mostrando total abertura da autarquia para o diálogo e assim tentar encontrar as respostas adequadas.
Entre as atividades do rancho destaque para a edição 2023 da tradicional “Festa das Papas”, que terá lugar a 28, 29 e 30 de julho, e que inclui mais uma edição do Festival de Folclore.