Com o objetivo de “provocar divertimento” e “proporcionar tempo lúdico”, o Teatro das Beiras irá estrear, dia 14, a peça “Um Hamlet Tragicómico”.
Escrita em verso popular, a peça “é uma forma de trazer um clássico para um lado que possa ser visto e apreciado por públicos de diferentes níveis de acesso à cultura”, frisou o autor, Paulo Calatré, durante a conferência de imprensa da apresentação do espetáculo, que teve lugar ontem, dia 5.
“Mais cómica do que trágica”, o escritor e encenador decidiu destacar “as referências modernas” utilizadas nesta que é a sua primeira peça.
“Tentei manter o espírito de Shakespeare, mas coloquei novas referências, de modo a brincar com o estado da nossa sociedade e, consequentemente, fazer um eco em quem está a ver”, vincou.
“A forma como a arte é tratada em Portugal” é outro dos temas abordados na peça, revelou Paulo Calatré, apresentando como exemplos “a censura à estátua de David” e “a miséria na qual alguns atores morrem”.
Esta peça é a 114ª produção do Teatro das Beiras e foi pensada para ser apresentada ao ar livre, em cerca de 25 datas já agendadas em várias zonas do país e em muitas das freguesias do concelho da Covilhã, durante os meses de julho e agosto.
A estreia está marcada para dia 14, às 22:00, no Teatro das Beiras, onde regressa nos dias 21 e 28.
As personagens são interpretadas por Bernardo Sarmento, Gonçalo Babo, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira.
A peça destina-se a maiores de 12 anos e os bilhetes custam seis euros, com descontos para estudantes, maiores 65 anos, profissionais das artes e sócios do Teatro das Beiras e da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira.