A Plataforma P’la Reposição das Scut na A23 e A25 vai realizar, dia 23, na Praça do Município, uma tribuna livre para tomar posição sobre o Plano de Mobilidade para o Interior apresentando pelo Governo. “Caso este não exista, a plataforma irá anunciar as ações a desenvolver”, anunciou Luís Garra, porta-voz da plataforma, em conferência de imprensa.
A iniciativa terá início às 17:00 e “estão convidados a população, os trabalhadores e os seus sindicatos, os empresários e as suas associações, os autarcas, os dirigentes associativos e todos o que pugnam pelo desenvolvimento do interior”, frisou ainda Luís Garra.
Em conferência de imprensa, o porta-voz da plataforma informou que vão ser endereçados ofícios aos ministérios da Coesão, Infraestruturas, Finanças e Ambiente e Ação Climática, que integram o Grupo de Trabalho Interministerial responsável por entregar uma proposta. Posteriormente, vai ser solicitada uma reunião com essa estrutura para saber “o estado das conclusões”.
Luís Garra relembrou ainda o compromisso da ministra da coesão territorial, Ana Abrunhosa, quando afirmou ser conhecida a proposta do plano de mobilidade “até ao verão”, o que, para a plataforma, significa “até 21 de junho”.
“Qualquer medida tem de entrar em vigor no dia 1 de julho de 2023”, vincou o porta-voz, acrescentando que “levar a medida para o orçamento de estado de 2024 é enganar as pessoas”, algo que a plataforma diz “não permitir”.
A plataforma relembrou ainda que o primeiro-ministro, António Costa, prometeu, em 2015 e em 2022, eliminar as portagens, sendo que Ana Abrunhosa prometeu, em 2022 e 2023, “uma redução de 50% para os veículos de combustão e de 75% para os veículos híbridos e elétricos”, algo que “não aconteceu”.
Luís Garra disse não conhecer a definição da palavra “significativa” para a ministra da coesão territorial. “Para mim, “significativa” é o valor ficar quase no zero. Para Ana Abrunhosa, pode ser muito menos”, salientou Luís Garra.
“Nós não queremos que a ministra se demita. O que queremos é que convença o primeiro-ministro e o ministro das finanças, Fernando Medina, a cumprir as promessas que fizeram”, disse o porta-voz, salientando que Ana Abrunhosa “cumpriu para com o Interior”.
Luís Garra sublinhou ainda o “êxito” da Embaixada da Beira Interior a Lisboa, no dia 20 de maio, que fez com que o Governo se pronunciasse acerca do assunto.
A Plataforma P’la Reposição das Scut nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades da região, sendo elas a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.