Bairros Comerciais Digitais: Luz verde a investimento superior a 1M no comércio do centro histórico

A candidatura conjunta, da Câmara Municipal da Covilhã e da Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, ao programa “Bairros Comerciais Digitais” foi aprovada, revelou hoje o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, detalhando que esta prevê um investimento 1 milhão e 26 mil euros, com uma comparticipação de 92%.

O autarca destaca que esta será implementada no comércio do Centro Histórico da Covilhã, vincando que “em toda a Beira Interior, esta foi a que obteve melhor classificação”, salientando que foi a nona classificada a nível nacional, o que permite um financiamento na ordem dos 942 mil euros, sublinhou.


“Uma boa notícia para o centro histórico”, realçou, vincando que se pretende “dar vida a esta zona”.

“Este é o melhor sinal que podemos dar aos covilhanenses em geral e aos habitantes e utentes do centro histórico”, disse o presidente da Câmara, vincando que se “coloca ao dispor novas ferramentas digitais”, permitindo que estas lojas compitam com as grandes superfícies comerciais.

Vítor Pereira realça que o projeto está delineado para 210 lojas, e mostra-se convicto que será uma boa ferramenta para que “cada vez haja mais estabelecimentos a abrir portas” naquela zona. “Estou absolutamente convencido que vai fazer toda a diferença”, disse.

José Miguel Oliveira, vereador que conduziu a candidatura liderada pelo município, explicou que o projeto será para executar em 3 anos e vai alterar por completo a forma de fazer negócio no centro histórico da cidade, mostrando-se orgulhoso por ter conseguido o nono lugar com esta candidatura.

Explica que esta se divide em duas partes distintas. Uma parte prevê a intervenção no espaço público e a outra nas próprias lojas.

“O que está previsto no «Bairro Digital» é a criação de sistemas de conetividade wifi de sexta geração, que vão potenciar a interatividade entre os smartphones e os comerciantes, a aquisição de mobiliário urbano inteligente, nomeadamente bancos inteligentes de carregamento e difusão de rede, mupies interativos, desenvolvimento de aplicações, sites para cada comerciante e sistema de controlo de tráfego à afluência”, detalhou.

O vereador explica que, quem passar nesta zona, ao conectar-se a esta rede, de acordo com pesquisas feitas, vai receber notificações das lojas existentes.

“Imagine que fez uma pesquisa para comprar umas calças, ao passar e conectar-se com a rede recebe mensagem de que essas calças estão em promoção na loja tal”, deu como exemplo.

“Há inteligência digital que vai aqui ser introduzida”, explica.

O programa prevê também a criação de sistemas de entregas e de cacifos de entrega na zona do bairro digital.

O vereador destaca ainda a figura do gestor do bairro, que vai ser “solidariamente responsável pelos objetivos que serão contratualizados com a tutela”.

“Vai de comerciante em comerciante perceber as dificuldades e os resultados”, destacando que se assume que “haja aumento da percentagem de vendas, aumento de clientes e procura”, salientando que este “é o compromisso que a autarquia e a associação empresarial vão assumir com a tutela”.

Para o autarca este projeto será “um ponto de viragem para o centro histórico”.

Dizer que as candidaturas foram apresentadas à Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI). Na Beira Interior foram ainda aprovas candidaturas de Fornos de Algodres, Guarda, Almeida e Vilar Formoso.

Em mais de 187 candidaturas a nível nacional, chegaram 160 à segunda fase e apenas 65 obtiveram financiamento.