Manuel Pinto André, dirigente do MURPI – Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos, afirma ser possível “exigir uma mudança”.
“Exigimos envelhecer com qualidade de vida, com segurança e alegria”, disse o dirigente, sublinhando que a associação “sabe que tem direito a exigir”.
Manuel Pinto André disse haver cinco problemas “que exigem medidas concretas”, entre elas “travar o aumento do custo de vida, com a manutenção de um cabaz de bens essenciais com redução e controlo de preços, a par do prolongamento da vigência do IVA 0”.
Outra dos objetivos a alcançar é o pagamento retroativo a janeiro do aumento das pensões.
“É o mínimo que o governo pode fazer para mitigar a acentuada perda do poder de compra”.
A terceira medida passa pela gratuidade de medicamentos essenciais para o tratamento de doenças crónicas.
“Muitas das vezes, temos de escolher entre comprar comida ou comprar medicamentos, que tanta falta nos fazem”, frisou.
O investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para “assegurar a igualdade de acesso à saúde” é outra das exigências do MURPI.
“É com sentimento de profunda injustiça que os reformados pensionistas idosos assistem à degradação do SNS, quando este devia ter um papel central na promoção de saúde em qualquer idade”.
Em última nota, a associação exige uma rede pública de equipamento socais de apoio a idosos, “de forma a responder às necessidades específicas” desta faixa etária.
“Que este serviço tenha um número adequado de trabalhares, assegurando a qualidade deste serviço público. Exige-se a diversificação de valências necessárias para apoio a necessidades específicas dos mais idosos”, defendeu.
Manuel Pinto André garantiu ainda que a luta continuará até serem os direitos serem alcançados.
No final da tribuna pública, Gabriel Carrola, dirigente da União de Reformados, Pensionistas e Idosos do Tortosendo, apresentou um projeto de resolução que foi aprovado por unanimidade.
O documento abordava a proposta do cabaz de bens essenciais, os pagamentos do aumento de pensões com retroativos, a gratuitidade de medicamentos, o investimento no SNS e uma rede pública de equipamentos sociais.
O projeto de resolução vai ser remetido ao primeiro-ministro, António Costa, aos ministros do Governo, presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e aos deputados de todos os grupos parlamentares.
“As reivindições do MURPI são assentes na intervenção de cada mulher e homem, sobre a exigência de uma nova pedagogia acerca do envelhecimento e por soluções políticas que garantam um envelhecimento com dignidade e direitos”, concluiu.
A tribuna pública teve lugar ontem, dia 6, no Tortosendo, no âmbito de uma jornada nacional de luta, promovida pelo do MURPI.