“Desorganização, incompetência, ausência de capacidade de decisão, esbanjamento de dinheiro publico”. É desta forma que os vereadores eleitos pela coligação Juntos Fazemos Melhor caraterizam a atuação da Câmara Municipal da Covilhã na gestão corrente e na gestão do dossier mobilidade.
“Estes são alguns dos adjetivos que caracterizam a gestão do Partido Socialista na Câmara da Covilhã e que, na gestão do contrato de mobilidade, se tornaram óbvios e de melhor perceção publica”, disse aos Jornalistas Pedro Farromba no final da reunião privada da autarquia que decorreu hoje, dia 7.
O vereador aponta os gastos com “uma pretensa” ciclovia na Avenida Europa, na aquisição de “bicicletas elétricas que nunca saíram do armazém da Câmara Municipal” e na pintura de “estradas da cidade” com “umas bicicletas que denominou de rede de viável da cidade. Tudo isto teve um custo de mais de 1 milhão de euros”, sublinhou.
A estes soma o contrato de mobilidade que implica “uma receita total para a empresa de cerca de 21 milhões de euros”, diz o vereador, apontando “9 milhões que a autarquia paga”, vindo o resto da bilhética, do estacionamento e publicidade.
Pedro Farromba sustenta que a Câmara Municipal, somando a concessão, desenvolvimento de uma aplicação para dispositivos moveis, instalação de mupis, aquisição de serviços de promoção e divulgação da rede de bicicletas, aquisição de mais bicicletas e novo projeto de ciclovia, gasta mais de 10,5 milhões de euros.
Para além da questão financeira o vereador frisa ainda que “a Câmara foi mais longe” e gere o dossier conforme a vontade da empresa.
“Como se tem percebido, a empresa concessionária tem total liberdade para alterar preços das carreiras, horários e trajetos prejudicando a vida das pessoas, mantendo fechados os silos do Sporting e da Estação que têm ainda que ser alvo de obras e depois de todo o processo de licenciamento e, da parte do Município, existe apenas uma total subjugação, uma gritante inoperância, uma absurda ausência de capacidade de decisão e uma, cada vez maior, incompetência”.
O vereador avança ainda que durante a reunião entregou em mão, ao presidente da autarquia, um abaixo-assinado com 1274 assinaturas a contestar o serviço de transportes e, duas horas depois, esse documento e as assinaturas continuavam em cima da mesa de reuniões. “É a importância que o presidente deu a este assunto. Temos que nos sentir indignados”, disse.
Em conclusão a oposição na CMC exige “que sejam repostas carreiras, horários e que os preços dos transportes sejam mantidos em relação ao que funcionava até ao mês passado”.