A Câmara Municipal de Belmonte aprovou, por maioria, a proposta de alteração do tarifário de águas, saneamento e resíduos sólidos urbanos, que prevê um aumento de cerca de 50% do valor atual.
O tema esteve em debate na última reunião pública do executivo, que teve lugar hoje, dia 17.
“Neste momento, estamos a fazer um esforço muito grande. É inevitável, não podemos deixar de fazer isto”, disse António Dias Rocha, presidente da Câmara de Belmonte, frisando que “existem muitas roturas”, uma vez que “foram utilizadas muitas canalizações do mais barato que havia no mercado”, material que se ressente “com facilidade”.
António Dias Rocha revelou que este aumento é benéfico para o concelho, uma vez que, anualmente, este tem um prejuízo de cerca de 1 milhão de euros com a água, algo que a autarquia “não consegue suportar”.
Com o aumento na ordem dos 50%, o valor atual do 1º escalão da tarifa da água, taxado a 0,28 euros, passará para 0,43 euros.
Carlos Afonso, vereador da CDU, disse não concordar com o aumento da tarifa da água e de outros serviços, “enquanto houver roturas constantes e pessoas que não pagam a água”.
Do PSD, falou José Mariano, que deu nota de que “muitos dos contadores estão avariados”, algo que “prejudica o município pela falta de leituras”, frisou.
À semelhança de Carlos Afonso, também o vereador social-democrata votou contra a alteração da tarifa.
A proposta, aprovada em executivo com três votos a favor do presidente da Câmara Municipal, vice-presidente Paulo Borralhinho, e de André Reis Correia, vereador do PSD, vai ser remetida à Assembleia Municipal de Belmonte para discussão e votação.
Recordar que segundo a lei, os municípios que não tenham uma cobertura de 90% dos gastos, não se podem candidatar a fundos do PRR ou do Portugal 2030 para remodelação ou modernização da rede.