Festival contraDANÇA mais ecológico mantém a “pluralidade” de “espetáculos mais alternativos”

O festival contraDANÇA, organizado pela ASTA – Teatro e Outras Artes e que este ano chega à sua 14.ª edição, apresenta-se entre 26 de setembro e 4 de outubro em cinco municípios ao redor da Serra da Estrela com uma “pluralidade a nível da programação” que faz por manter o objetivo de “democratizar espetáculos mais alternativos e diferentes” a vários setores da população.

Ao todo, serão 17 espetáculos espalhados por cinco municípios – Covilhã, Fundão, Gouveia, Fornos de Algodres e Seia –, acompanhados por atividades paralelas na Covilhã e no Fundão, algumas a estenderem-se até ao fim de outubro e novembro.


Na conferência de imprensa de apresentação do festival, Rui Pires, diretor do contraDANÇA, e Sérgio Novo, diretor artístico da ASTA, afirmaram as características diferenciadores do certame que, desde 2006, já levou espetáculos de dança e movimento contemporâneo a várias sede de concelho e freguesias da região.

Um dos principais objetivos do festival, diz Rui Pires, “é trazer espetáculos que de uma outra forma não viriam à região”, o que contribui para “democratizar o acesso a estes espetáculos mais alternativos, diferentes, mais conceptuais”. O diretor do festival afirma ainda que o contraDANÇA quer “mostrar que é possível outro tipo de espetáculos”.

No propósito de alargar a programação a outros territórios, a ASTA quer reforçar as parcerias e a economia de escala. A ideia de “partilhar recursos e partilhar gastos” irá garantir “mais financiamento” e, consequentemente, mais espetáculos”, admite Rui Pires.

Por seu lado, Sérgio Novo lembra que o contraDANÇA “foi considerado, após a 6.ª edição, pela Direção Regional da Cultura do Centro, um festival «ímpar, de características únicas em toda a zona centro»”, característica que a ASTA quer “obviamente continuar a manter no festival”.

Além disso, destaca a componente sustentável do evento, “não só a nível de trabalhos e projetos que têm vindo a desenvolver e está a desenvolver”, mas também a nível da divulgação, da relação com os municípios e na vontade que estes “apregoem a mesma palavra que a ASTA defende” e dos aspetos logísticos do próprio certame, como é exemplo o uso de garrafas de metal reutilizáveis para todos os participantes.

Orçamentado em cerca de 73 mil euros, o contraDANÇA conta com a reposição do espetáculo da ASTA “Spectrum” (2 a 4 de novembro no New Hand Lab), conta com estreias em Portugal – é o caso de “Jacuzzi” (30 de setembro em Gouveia) – e com mostra de trabalhos com a comunidade – “Desafios (Im)possíveis” (27 de setembro em Fornos de Algodres).

Entre a atividade paralela, destaca-se um debate sobre a municipalização da cultura a 3 de outubro na Casa dos Magistrados (intervêm Rui Matoso, Lara Seixo Rodrigues e Victor Afonso), um Mercado Negro na sede da ASTA (4 a 14 de outubro), uma feira do livro de artes ou a exposição “reciclARTE” na Biblioteca Municipal da Covilhã (10 de outubro a 10 de novembro).

A programação completa pode ser consultada nas redes sociais da ASTA ou em contradanca.pt.