Município da Covilhã coloca desfibrilhadores ao serviço da população

A Câmara Municipal da Covilhã instalou, na cidade, seis Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE), sendo um deles comunitário, e entregou mais cinco aparelhos a agentes da proteção civil.

Com um investimento de 26 mil euros, o objetivo é que, “qualquer cidadão que esteja aflito ou que possa socorrer alguém, acione o aparelho, para que os operacionais possam, de imediato, atuar”.


A informação foi avançada esta manhã por Vítor Pereira, presidente da autarquia, durante a sessão de apresentação do Programa Municipal de Desfibrilhação Automática Externa.  

O Desfibrilhador Automático Externo comunitário está instalado na Praça do Município e ficará acessível a todos os cidadãos com formação em DAE. Os restantes aparelhos estão instalados na Central de Camionagem; na Piscina Praia (verão) ou Piscina Municipal (Inverno); no Pavilhão do Inatel; no Complexo Desportivo; e no Departamento de Obras e Planeamento da Câmara Municipal.

Para além da implementação destes desfibrilhadores, a autarquia entregou ainda vários aparelhos aos Bombeiros Voluntários da Covilhã, PSP, GNR, GNR Montanha e Proteção Civil Municipal.

Este é o “primeiro passo” que a autarquia está a dar, disse Vítor Pereira, sublinhando que a mesma se está a “inserir no grupo de municípios pioneiros no domínio de desfibrilhador comunitário”.

O programa está implementado, também, nas Penhas da Saúde, “um sítio frequentado por muitos turistas”. Neste local, o aparelho ficará ao cuidado da GNR de Montanha.

Numa segunda fase do projeto, o objetivo é levar o projeto para as escolas secundárias e a mais freguesias do concelho da Covilhã.

“Estamos a falar de desfibrilhadores externos nas principais localidades do concelho, dando uma cobertura concelhia”.  

A Câmara da Covilhã deu também formação a 66 funcionários da autarquia que prestam serviço nos locais onde os desfibrilhadores foram instalados, que se juntam a cerca de cem pessoas, no concelho, que já tinham essas competências.

“Demos prioridade às pessoas que estão nos espaços onde os desfibrilhadores vão ficar, mas vamos continuar e já temos outras formações previstas”, vincou.

Vítor Pereira vincou ainda que, nestas situações, “cada segundo conta”, frisando que a taxa de sobrevivência sem a interação destes aparelhos é de 3%, sendo que, com os aparelhos, aumenta para 74%.

Marco Castro, da Ocean Medical, empresa que comercializa os desfibrilhadores instalados na Covilhã, explica que, quando acontece uma paragem cardiorrespiratória, “há muito pouco tempo para atuar”.

“Cada minuto que passa desde o colapso da vítima, a probabilidade de sobrevivência diminui 10%, o que quer dizer que temos uma boa hipótese de recuperar a vítima nos primeiros minutos, mas ao fim de 10 minutos, a probabilidade chega a 0%. A partir dos seis minutos, começam os danos neurológicos”, afirmou.

A nível de equipamentos, Portugal irá chegar ao final do ano com cerca de 5 mil equipamentos, um número considerado “reduzido” para Marco Castro, que explicou que “qualquer país a norte dos Pirenéus tem 4 a 5 vezes mais aparelhos”.

O Desfibrilhador Automático Externo (DAE) comunitário, localizado no centro da cidade, pode ser utilizado a qualquer dia e hora.