Uma vez mais a Universidade da Beira Interior colocou mais de 1.400 estudantes na primeira fase do concurso nacional e perspetiva-se que o número de alunos atinja novo recorde.
Uma expressão que o Reitor da instituição, Mário Raposo, não gosta de utilizar, vincando que “esse número significa muito trabalho e esforço” de toda a equipa da UBI que tem sabido elevar o patamar dos cursos, a nível nacional e internacional, o que “ajuda atrair estudantes”.
Recordar que em 2022/2023 a UBI ultrapassou os 9.000 alunos, o número mais alto da sua história.
Mário Raposo realça que atrair estudantes de outras regiões do país, e internacionais, é uma peça importante para esbater a perda demográfica do Interior.
Com a certeza “de que nem todos se fixarão aqui”, mostra-se convicto que com as novas empresas que surgem, fruto também da investigação da UBI, são criados novos postos de trabalho, também para licenciados da UBI.
As condições de alojamento na cidade, e as que UBI proporciona aos mais carenciados com 800 camas em residências, são também motivos para a escolha da universidade.
Mário Raposo explica que nesta matéria a cidade é um paradigma a nível nacional.
“A UBI tem 800 camas em residências e a par disso foi aparecendo um conjunto de residências privadas que complementam a oferta. Claramente que as camas da UBI são para os alunos com menor poder de compra. As pessoas com poder de compra mais elevado podem socorrer-se do privado e aí há ofertas com valores mais elevados e outros mais baixos. A Covilhã é um paradigma a nível nacional. Uma cidade universitária com uma excelente oferta para os alunos aqui poderem estudar”, disse.
Em declarações à Rádio Clube da Covilhã a questão do financiamento da UBI também foi tema. Mário Raposo sublinha que o Governo tem vindo a corrigir o défice de financiamento, vincando que “não se pode exigir que num ano se corrija um défice de muitos anos”.
Há a garantia de que até 2027 se atinja o equilíbrio no que respeita ao financiamento, e o Reitor espera que essa meta seja alcançada, disse.
A requalificação da universidade, a expansão de algumas áreas, nomeadamente a Faculdade de Artes e Letras e a continuação da requalificação das residências, são focos para o trabalho no futuro, avançou ainda o Reitor.