“Desde a sua criação, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem sido alvo de ataques de ataques ferozes por interesse daqueles que querem fazer da saúde um negócio”, disse Sérgio Santos, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB), durante a concentração pela “defesa e reforço do SNS, Público, Universal e Gratuito”.
A iniciativa teve lugar esta manhã, em frente ao Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB).
“É evidente que o desinvestimento e o subfinanciamento do SNS nos levam a assistir as carências e insuficiência que, todos os dias, são notícia, vincou o dirigente, apresentando, como exemplos, a “desvalorização dos profissionais, carência de equipamentos, falha na resposta dos cuidados de saúde primários, falta de camas de internamento e congestionamento das urgências hospitalares”.
Em declarações aos jornalistas, no final da concentração, Sérgio Santos disse não haver, no Interior, atrativos para os médicos e enfermeiros, sublinhando que “estão a ser fechadas unidades de saúde” e que “a população tem cada vez menos médicos de família”.
“O Interior já é complicado, mas torna-se mais complicado viver cá assim”.
Durante o seu discurso, Sérgio Santos, afirmou que a estrutura sindical “exige” a alteração desta política de saúde, “que tem como consequências 1,7 milhões de utentes sem médico de família e o encerramento de serviços de saúde”.
“Sabemos que não é no setor privado que está a solução para o direito à saúde. É no SNS, que, mesmo de baixo deste ataque, continua a ser a fonte de progresso social”, sublinhou.
A USCB diz não poder aceitar que “o governo continue sem contratar os profissionais de saúde suficientes para prestar cuidados de saúde a toda a população e que continue a desvalorizar as remunerações, carreiras e condições de trabalho do SNS”.
“Queremos uma política que recupere e valorize o serviço nacional de saúde”, concluiu.