Bairro da Alegria: Investimento de 3M dá nova vida a antigo bairro operário da Covilhã

Um dos mais típicos e antigos bairros operários da Covilhã, o Bairro da Alegria, vai ter nova vida. Das casas originais, que outrora eram de quem labutava nas fábricas muito poucas restavam ocupadas.

Foram todas adquiridas por um investidor privado, que, com um investimento total de 3 milhões de euros, pretende agora dar nova vida ao espaço criando um bairro em condomínio fechado, com 55 moradias T1, para arrendamento, com todas as comodidades.


“Vamos fazer uma preservação e remodelação do existente, e prevemos no espaço máximo de três anos ter o bairro todo remodelado, com 55 habitações de tipologias T1, totalmente renovadas, com todos os confortos e tecnologia e com um edifício onde haverá salas de reunião e salas de trabalho, um café e mercearia, de forma que cada morador não necessite de se deslocar e possa fazer ali a sua vida toda”, disse, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, Luís Dias da 2Live.

O projeto foi apresentado publicamente este sábado, dia 21, no âmbito das comemorações dos 153 anos da elevação da Covilhã a cidade.

Luís Dias explica que a remodelação do bairro, que está devoluto e tem sido alvo de vandalismo, vai iniciar-se em breve e será desenvolvida em duas fases.

Na primeira irão remodelar 28 habitações e na segunda as restantes. O bairro terá todas as infraestruturas, incluindo parque de estacionamento com acesso à rua dos Brincalhões.

As casas serão para arrendamento, garante Luís Dias, que sem especificar valores avança que serão rendas a “preços acessíveis”. Realça que se trata de um conceito para casais jovens à procura da primeira habitação, ou até mesmo para estudantes, mas sempre numa perspetiva de longa duração.

Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, que promoveu a visita ao local, mostrou-se agradado com o projeto, destacando é que “recupera o que estava a degradar-se e vai dar vida ao que já não se perspetivava que fosse revitalizado”.

Destaca que se trata de mais um projeto de recuperação patrimonial, criando um condomínio fechado que não será para elites. Frisa que “de bairro abandonado e degradar-se” vai passar a ser um “espaço de vivência e convivência e com habitação a preços acessíveis”.

O projeto de remodelação deverá estar concluído dentro de três anos.