Desde que o regulamento de apoio ao associativismo foi implementado pela Câmara Municipal da Covilhã, a autarquia transferiu para as associações mais de 3 milhões de euros, avançou José Miguel Oliveira no encerramento do Fórum do Associativismo que decorreu este sábado, dia 14, na Covilhã.
Na sua intervenção, o vereador que detém este pelouro na autarquia, sublinha que Câmara da Covilhã, com este regulamento apoiou mais associações, o número de candidaturas aumentou de ano para ano, e houve também um aumento de atividades realizadas por cada associação, apontou o autarca.
Uma verba que poderia representar uma nova piscina coberta, por exemplo, mas a autarquia entendeu que este “deveria ser o investimento, reconhecendo o papel que as associações desempenham e que deveria ser do estado”, apontou.
Quanto às verbas distribuídas aumentaram de ano para ano. Começaram em cerca de 300 mil euros em 2019, em 2023 o valor foi de 367 mil e em 2024 serão ultrapassados os 400 mil, isto na linha de apoio às atividades, detalhou, explicando que há ainda cerca de 258 mil euros em contratos de desenvolvimento desportivo, o que significa que “o investimento total do município em 2023 é de cerca de 625 mil euros, estando previsto que atinja os 665 mil em 2024”.
São factos que levam a concluir que a aplicação do regulamento tem um balanço muito positivo.
“Houve muito boa adaptação das associações às regras definidas em sede de regulamento, os dirigentes souberam estar à altura do desafio e enquanto vereador com este pelouro só posso sentir orgulho com o trabalho que fazem todos os dias”, disse
Para além das verbas, há ainda a salientar o registo dos dados do movimento associativo, salientou o responsável, apontando que o registo municipal de associações começou em 2018 com pouco mais de 120, em 2021 subiu para 151 e em 2023 fechou com 167, sendo a maioria (52%) de cultura, recreio e desporto, o que representa um total de 2.290 dirigentes associativos.
Não estão ainda todas as do concelho registadas, mas há já um levantamento histórico que é único.
“Neste momento a Câmara possui um registo atualizado da história das vossas associações e se formos capazes de manter este sistema para os próximos anos, vamos ter à vossa disposição um registo documental e histórico das vossas atividades, do vosso trabalho e de quem vos antecedeu. Um registo com um valor incalculável, algo que não existia”, vincou José Miguel Oliveira.
De entre os aspetos menos positivos o vereador apontou o facto de haver algumas coletividades registadas e que não concorrem aos apoios municiais, “algo que deve ser estudado”, e o facto de a taxa de execução das candidaturas estar a diminuir, estando este ano nos 43% o que, disse, é manifestamente insuficiente.
“Há taxas cada vez menores, há dinheiro que fica por gastar. Estamos em outubro e até 30 de setembro, na atividade regular, a taxa de execução é de 43%. Estamos disponíveis para ajudar, mas isto é algo que só pode mudar com a vossa ajuda e o vosso empenho”, apontou.
José Miguel Oliveira realça também que o associativismo da Covilhã “não está em crise”, frisando que há cada vez mais associações a surgirem, em especial associações de causa.
Quanto a metas para o futuro, aponto a melhoria de alguns aspetos que estão menos bem na plataforma do associativismo e deixa a intenção de, até final do mandato, conseguir um monumento/mural de homenagem ao movimento associativo e implementar, se as associações concordarem, um regulamento de apoio ao dirigente associativo. Uma forma de reconhecer o trabalho que desempenham, de forma gratuita e voluntária em prol da comunidade.
O Fórum do Associativismo decorreu ontem, ao longo de todo o dia, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, com organização da Câmara Municipal da Covilhã.
Ao longo do dia, as mais de 150 associações representadas, debateram temas relacionados com cultura e desporto, tendo decorrido também ações de formação.