O movimento associativo tem um peso indiscutível na sociedade e está na altura de o poder político o reconhecer, disse o presidente da Confederação Portuguesa das Associações de Cultura, Recreio e Desporto na Covilhã, durante o terceiro Fórum do Associativismo, que decorreu no passado sábado na Faculdade de Ciências da Saúde.
Apresentando os números que suportam a sua declaração, João Bernardino dá conta que o país tem mais de 37 mil associações, dividindo-se em culturais e recreativas (18.000), desportivas (10.200), de moradores (1.350) e mais de mil são associações de jovens. Números que representam mais de 3,5 milhões de associados e cerca de 200 mil colaboradores diretos.
“Uma riqueza única” cujo peso o poder público tem de reconhecer, vincou.
“Os poderes públicos não reconheceram até hoje este peso, esta importância e capilaridade. Dizemos isto com mágoa porque queremos fazer mais e melhor para o país. 3,5 milhões de associados, número que peca por defeito, é um número com um peso muito grande na sociedade”, disse.
Nesta grandeza de números João Bernardino aponta ainda os mais de 450 mil dirigentes. Um peso significativo de gente que trabalha “a bem dos outros”, salientou.
“Eu chamo a atenção para este número para levantar a nossa voz, não é para as entidades que estão aqui, é para outros, para perceberem o peso e a importância do trabalho que estamos disponíveis para fazer a bem dos outros. Falos dos 450 mil dirigentes associativos, benévolos, eleitos e dedicados, não são só dirigentes associativos”, apontou.
Na sua intervenção sublinhou que apoiar este trabalho e as associações nunca será um custo, mas um investimento, vincando que o movimento associativo é um instrumento para o desenvolvimento do país, fundamental para a promoção do bem-estar e da qualidade de vida das comunidades, seja de âmbito cultural, desportivo ou recreativo.
Deu mesmo o exemplo dos locais mais recônditos do país, de onde tudo foge, mas a coletividade fica, é o abrigo.