“A destruição do Serviço Nacional de Saúde, os problemas na habitação e os custos dos transportes públicos” são as maiores dificuldades sentidas pelos idosos e reformados, disse Luís garra, presidente da Inter-reformados, à margem do 24º Convívio de Reformados.
“Para além de conviver, é muito importante haver uma reflexão e ação em torno daqueles que são os problemas mais sentidos pelos reformados e idosos”, afirmou o dirigente.
Com o objetivo de assinalar, também, o Dia do Idoso, a iniciativa teve lugar ontem, dia 14, no Jardim Público da Covilhã.
A Inter-reformados defende a gratuitidade dos transportes públicos nos concelhos da Covilhã, Belmonte e Fundão, à semelhança do que já acontece em cidades como Castelo Branco e Lisboa, referiu ainda Luís Garra.
Apesar de o custo dos transportes públicos ser o problema que “mais afeta” esta faixa etária, o presidente da Inter-reformados sublinhou, no entanto, que o “problema de fundo” são as baixas pensões.
“Os reformados, na nossa região, sempre tiveram salários muito baixos. Temos um salário médio inferior à média nacional e, por consequência, também temos reformas mais baixas que a média nacional. Portanto, os aumentos que têm vindo não ajudam a resolver este problema dos baixos rendimentos dos reformados, principalmente com a inflação, que atinge, essencialmente, os bens de primeira necessidade”, vincou.
Esta é uma iniciativa a continuar, disse Luís Garra, referindo os dois anos em que a mesma esteve em pausa, devido, não só à pandemia, mas também ao falecimento de Manuel Carrola, ex-presidente da Inter-reformados.
“Agora estamos num processo de retoma desta atividade”, frisou.
O convívio contou com a participação do Grupo de Cantares “A Lã e a Neve”, do Grupo de Concertinas da Gardunha, do Grupo de Concertinas da Beira e do Duo Luís e Carmo.