Creches na cidade do Fundão batem recordes dos anos 90 enquanto que a de Silvares corre risco de fechar

Apesar de o saldo migratório natural continuar negativo, o Fundão registou, “pela primeira vez”, um incremento de turmas e de alunos nas escolas do concelho. Afirmou-o Rogério Hilário, deputado da bancada do PSD na Assembleia Municipal, na passada sessão.

Para Hilário, esta é a prova clara do sucesso das “políticas de imigração e de atração de outros cidadãos para o concelho”, uma vez que estes números não se devem “aos nativos”. “Há aqui uma esperança para estes territórios. E quem criticava este modelo, tem a prova agora que é um modelo que vai ser e está a ser replicado por outros municípios que vieram fazer o levantamento das boas práticas que se fazem no concelho do Fundão”, afirmou.


Contrastando estes números está a creche em Silvares, detida pela Associação de Solidariedade Social da Freguesia de Silvares, que corre o risco de fechar, conforme adiantou Cláudia Pereira, presidente da junta daquela freguesia. A fechar efetivamente, sobra a Creche de Santa Ana na zona do Pinhal.

A autarca lamentou a situação e afirmou que são os meios da própria junta que têm assegurado aquela estrutura. Sem este tipo de serviços, disse, “será difícil a manutenção ou fixação de pessoas nestes territórios”.

Paulo Fernandes, ciente do sucedido, afirmou que o Município dá um apoio extraordinário na ordem dos 1000 euros mensais para que a creche funcione. De 17 crianças, passou este ano para nove, e “a expectativa é no próximo ano andar nesta ordem de grandeza”, afirmou, deixando claro que o executivo irá manter o apoio.

O presidente da Câmara registou, porém, que as creches da cidade do Fundão estão a bater recordes dos anos 90, no que às inscrições diz respeito, consequência de um concelho “tão diverso” como o do Fundão.