Começou ontem, na Covilhã, a segunda edição da Semana Criativa, que celebra o segundo ano da sua designação como Cidade Criativa da UNESCO na área do Design. Susana Menezes, Diretora Regional de Cultura do Centro, elogiou a iniciativa, afirmando que esta celebração “tem um peso absolutamente extraordinário na estratégia que a região deve assumir no que diz respeito aos investimentos financeiros”.
À margem da sua intervenção na sessão de abertura, a Diretora Regional lembrou que a Região Centro é a região em Portugal com maior número de cidades criativas, o que significa que existe neste território um “conjunto de municípios que elegeram a cultura e a criatividade como foco central do seu desenvolvimento territorial, de onde toda a estratégia de desenvolvimento local ira partir”.
Contudo, à parte o “orgulho” sentido nestas estratégias, Susana Menezes acredita que a este esforço “bastante significativo” dos municípios se possa “corresponder o contexto financeiro necessário para suportar estes projetos, designadamente no próximo quadro plurianual de investimento”.
Referindo-se ao valor total dos apoios comunitários do Centro 2030 (o quadro financeiros de fundos europeus alocados à Região Centro), a responsável desafia as entidades e os municípios da região, neste caso em especial apontando para a Covilhã, a conseguirem 5% para a área da cultura, da arte e do património, “significando ainda assim que estes 5% não cobrem o total de necessidades elencadas e mapeadas pela Direção Regional de Cultura”, disse.
Aqui, o investimento deve apontar para a reabilitação de património, a requalificação de museus, bibliotecas e arquivos, a criação cultural e artística e a democratização do acesso à cultura, enumerou Susana Menezes.
“Sem esta sustentabilidade do setor cultural e artístico nós não vamos conseguir promover uma região verdadeiramente criativa e inovadora”, vincou a Diretora Regional de Cultura do Centro.